Operação Pantanal II: Força Aérea Componente segue no combate aos focos de incêndio. A Força Aérea Componente (FAC), sob a coordenação do Comando Conjunto Pantanal II, desempenha um papel vital na Operação Pantanal II, uma missão de combate a incêndios em uma das maiores áreas úmidas do mundo, o bioma pantaneiro, que atualmente está enfrentando um dos períodos mais críticos de queimadas dos últimos anos.
Atuando a partir do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a FAC não apenas controla o espaço aéreo na área de operações, mas também fornece e coordena o apoio logístico por meio de transporte aéreo para outras agências além de realizar ações de combate a incêndios em voo. Para isso, foram mobilizados o KC-390 Millennium para o combate a incêndios e aeronaves de asas rotativas das Forças Armadas, Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB) e Força Aérea Brasileira (FAB), para prestar o apoio aéreo logístico na região. Além disso, a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) da FAB, o RQ-900 Hermes do 1º/12º GAV – Esquadrão Hórus – está sendo utilizado para identificar pontos de calor, auxiliando no planejamento das ações de combate coordenadas pelo Comando Conjunto (CCj).
Até o momento, a FAC coordenou mais de 300 horas de voo, incluindo apenas as aeronaves das Forças Armadas que estão sob sua jurisdição. Ao todo, são nove aeronaves sob essa coordenação, empregados os seguintes helicópteros: H-60L Black Hawk, operado pela FAB, UH-12 Esquilo, UH-15 Super Cougar, operados pela Marinha do Brasil, HM-1 Pantera e HM-3 Cougar, operados pelo Exército Brasileiro. Foram lançados, principalmente pelo KC-390 Millennium, mais de 700 mil litros de água nos incêndios da região. Além disso, mais de 58 toneladas de carga e mais de 1.000 brigadistas foram transportados para apoiar as ações na área..
“O fogo se espalha muito rapidamente nesta época de seca, e muitos locais são de difícil acesso. Por isso, o trabalho realizado pela FAC é fundamental, tanto no combate aos incêndios em voo quanto no apoio logístico, reduzindo o tempo de resposta das equipes de brigadistas nas regiões de difícil acesso”, declarou o Comandante da FAC, Brigadeiro do Ar Alessandro Cramer.
O Brigadeiro Cramer destacou ainda que a FAC tem conseguido atender praticamente todas as demandas e ordens do Comando Conjunto da Operação Pantanal II, contribuindo significativamente para os resultados alcançados.
O papel da Força Aérea Componente na Operação Pantanal II destaca não apenas a capacidade operacional da FAB em situações de emergência, mas também reforça o compromisso da instituição com a proteção ambiental e a segurança pública.
Aeronaves
O KC-390 Millennium, operado pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus –, é uma aeronave de transporte militar de alta capacidade, atualmente empregada pela primeira vez em uma missão real de combate a incêndios em voo. Equipado com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS), a aeronave pode transportar grandes volumes de água e retardantes de fogo, sendo uma ferramenta essencial na contenção de incêndios de grandes proporções.
O H-60L Black Hawk, operado pelo Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano –, também está desempenhando um papel crucial na operação. Conhecida por sua versatilidade e capacidade de operar em condições adversas, esta aeronave tem sido utilizada tanto para apoio logístico quanto para o transporte de equipes de combate a incêndios, permitindo acesso a áreas de difícil alcance por terra.
Operação Pantanal II
O Comando Conjunto Pantanal II foi ativado no dia 27 de junho, por meio da portaria 3.179, assinada pelo Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho. Com essa medida, as Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica somam esforços para combater os incêndios na região do Pantanal, pelo período de quatro meses. As atividades do Comando Conjunto estarão sob a responsabilidade do General de Exército Baganha. As ações são desencadeadas nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, contando com seis helicópteros, dois aviões, embarcações e viaturas para transporte de militares, brigadistas e equipamentos, além de meios que garantem suporte a todos os envolvidos.
O emprego de militares nesta operação é de extrema funcionalidade, visto que esses profissionais são capacitados para atuar diuturnamente em condições extremas, sob a missão de defender vidas e o bioma pantaneiro.
Fonte: FAB
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