Operação Catrimani II conclui mais um mês de combate aos garimpos ilegais. A Operação Catrimani II finalizou mais um mês de ações com o objetivo de prevenir e reprimir atividades de garimpo ilegal, bem como combater ilícitos transfronteiriços e crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami (TIY). Desde o início da operação, em 1º de abril, mais de 5 mil abordagens foram executadas pelas Forças Armadas, com a participação de Órgãos de Segurança Pública e Agências, articuladas em conjunto com a Casa de Governo no Estado de Roraima, em cumprimento à Portaria GM-MD N° 1511, de 26 de março de 2024.
Além das abordagens realizadas desde o início da operação, o mês de julho foi concluído com mais de 50 prisões e 451 aeronaves fiscalizadas. Foram inutilizadas 35 embarcações, 187 acampamentos, 16 aeronaves, 499 motores, 28 pistas, 71 mil litros de combustível, entre outros itens. Com relação às apreensões, foram retidos 44 armamentos, 26 antenas que facilitavam atividades ilegais na região, 643m³ de madeira e mais de 19 mil litros de combustível. O trabalho contou com o apoio de componentes e meios aéreos do Exército, da Força Aérea, da Marinha, bem como das Forças de Segurança e das Agências Governamentais, como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Com o objetivo de interromper a logística do garimpo ilegal e coibir crimes ambientais na TIY, entre os dias 3 e 7 de julho, tropas de engenharia da Força Terrestre Componente do Comando Conjunto CATRIMANI II realizaram a destruição de 11 pistas utilizadas por aeronaves do garimpo ilegal, na região de Campos Novos. As pistas foram destruídas conforme planejamento conjunto com o IBAMA.
No dia 7 de julho, demonstrando interoperabilidade, o Comando Conjunto atuou em uma ação repressiva com a PRF e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) no interior da Terra Indígena Yanomami. A operação contra o garimpo ilegal contou com um helicóptero da PRF e um helicóptero Pantera (HM-1) do Exército Brasileiro (EB) para transporte dos agentes de segurança e da FUNAI. Na ação, uma aeronave utilizada pelo garimpo ilegal, que havia pousado após sofrer uma pane, foi identificada e inutilizada pelos agentes na região de Mucajaí.
A Operação Catrimani II também reforça o comprometimento com o progresso dos povos originários e das comunidades ribeirinhas localizadas na TIY, por meio de ações humanitárias e de assistência hospitalar realizadas pelos navios da Marinha do Brasil, na foz do rio Catrimani. Foram realizados 1.152 atendimentos médicos pelos Navios de Assistência Hospitalar (NAsH) “Doutor. Montenegro” (U-16) e “Soares de Meirelles” (U-21), além da distribuição de 60 mil tipos de medicamentos no mês de referência.
Em 20 de julho, as Forças Armadas realizaram mais uma ação significativa de combate ao garimpo ilegal na TIY, por meio da missão “XARAKA II” (flecha, no dialeto Yanomami), executada em estreita colaboração com a Casa de Governo em Roraima e com a participação de militares do Destacamento de Operações Especiais da Marinha do Brasil (MB) e agentes da Força Nacional. Os alvos da ação estavam localizados na região de Waikás/RR, aproximadamente 300 km de Boa Vista/RR, no interior da TIY, às margens do Rio Uraricoera. Durante a operação, foram neutralizados dois garimpos ilegais com 1,2 toneladas de cassiterita e diversos equipamentos utilizados pelos garimpeiros ilegais. Na região de garimpo, estima-se que a infraestrutura básica de um acampamento esteja avaliada em pelo menos R$ 30 mil. A cassiterita, minério de grande valor no mercado de extração e beneficiamento, possui o valor médio de R$ 56,00 no mercado interno.
Diante disso, a Operação Catrimani II evidencia a importância da coordenação entre as Forças Armadas, a Casa de Governo e as diversas Agências de Segurança Pública no combate ao garimpo ilegal e às atividades ilícitas, promovendo, não apenas a proteção do meio ambiente e dos direitos dos povos indígenas, mas também o fortalecimento do Estado nessas regiões. A atuação conjunta traz benefícios para a sociedade com relação à preservação dos recursos naturais e à segurança de comunidades indígenas, contribuindo para a sustentabilidade da Amazônia.
Fonte: CMA
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