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O piloto militar mais velho do Uruguai completa 100 anos

28 de agosto de 2025
O piloto militar mais velho do Uruguai completa 100 anos. Luis Néstor “Coco” Rivero Vizoso completou um século de vida. Foto: Via Autor.

O piloto militar mais velho do Uruguai completa 100 anos. O Capitão Luis Rivero completou 100 anos em 21 de agosto de 1925. Nascido no mesmo ano da criação da Aviação Naval Uruguaia, ele viveu a era de ouro desta mesma aviação, ao qual serviu por 15 anos.

Luis Néstor “Coco” Rivero Vizoso representa uma figura paradigmática na história da Aviação Naval Uruguaia, um homem cujo legado perdura como um farol de admiração para as novas gerações de aviadores. Ele formou-se como Aspirante (Corpo de General) na Escola Naval em 1947 e se candidatou voluntariamente para servir na Aviação Naval.

Capitão Luis Néstor “Coco” Rivero Vizoso. Foto: Arquivo pessoal.

Da recém-inaugurada Academia de Aviação Naval em Laguna del Sauce, Punta del Este, juntou-se ao primeiro grupo de pilotos formados pela Marinha em 1950. Em seguida, qualificou-se para pilotar os bombardeiros TBM Avenger, a maior e mais pesada aeronave monomotora já construída.

No final daquele ano, partiu para os Estados Unidos para se qualificar em aeronaves F6-F5 Hellcat e, em seguida, transladou uma das 10 aeronaves adquiridas de Meacham Field, Fort Worth, Texas, para o Uruguai.

Capitão Luis Néstor “Coco” Rivero Vizoso fez parte dos pilotos que voaram os TBM Avenger. Foto: Armada Uruguaya.
Capitão Luis Néstor “Coco” Rivero Vizoso fez parte dos pilotos que voaram os TBM Avenger. Foto: Armada Uruguaya.

Foi nomeado Instrutor de Voo Primário, depois Instrutor Básico e Avançado em aeronaves Grumman TBM Avenger (a Marinha Uruguaia teve 16 entre 1949 e 1963) e Grummann F6-F Hell Cat (10 aeronaves 1950 a 1960). Qualificou-se como piloto líder em hidroaviões monomotores e, posteriormente, bimotores, e posteriormente treinou como piloto na US Navy, pilotando hidroaviões de patrulha Martin P-5 Marlin. Serviu como Diretor da Escola de Aviação Naval até ser nomeado Chefe da Força Aérea Naval com sede em Laguna del Sauce. A Base, Mantenimiento General, el Grupo de Escuadrones (Operaciones), os pilotos e as aeronaves da Escola de Aviação Naval estavam subordinados ao seu comando em caso de emergência.

Um resgate difícil

Em 15 de novembro de 1963 (Dia da Marinha), ele estava no comando de um Martin PBM-5 Mariner (A-811), liderando uma formação que deveria desfilar sobre Montevidéu, apesar do dia chuvoso e ventoso.

O PBM Mariner Armada 811 encalhado na Praia de Jaureguiberry, após o resgate. Foto via Fernando Díazapós o resgate.
O PBM Mariner Armada 811 encalhado na Praia de Jaureguiberry, após o resgate. Foto via Fernando Díazapós o resgate.

Após presenciar a queda, sobre a foz do Riacho Solís, poucos minutos após decolar da base Capitão-de-Corveta Carlos Curbelo, em Punta del Este, de um SNJ (A-254) que fazia parte da Esquadrilha, Rivero, pousou no rio para o resgate, superando as precárias condições meteorológicas. Os pilotos Villagrán y Mielniczuk saltaram de paraquedas.

Simultaneamente, um Bell 47 da Fuerza Aérea Uruguaya (FAU 001) chega à área para auxiliar no resgate, porém é atingido por uma onda, fazendo-o cair e desaparecer seus pilotos — Major Juan Dobrich e o Capitão Luis Duarte. Do hidroavião, um bote inflável é lançado com marinheiro Efrain Salim que ajuda o aspirante Mileniczuk, praticamente congelado e em estado de choque, a embarcar no bote. Ele é o único dos quatro tripulantes feridos (2 do SNJ e 2 do Bell 47) que salvou sua vida. Dadas as condições climáticas, Rivero conduziu o PBM para trás até encalhar na praia. A aeronave sé decolaria dias depois para sua base.

A tripulação do PBM A-811 era composta por:

Piloto C/F Luis Néstor Rivero
Copiloto C/C Luis Eduardo Chiaparro
Navegador C/C Raúl Bianchi
Engenheiro de Voo T/N Fernando García
Radio Operador Cabo Héctor R. Rivera
Chefe de Cabine Cabo José M. Pereira (homem rã)
Mecânico Cabo Atahualpa De León
Manobras Mro. Laudelino Rocha
Artilheiro Cabo Félix González
Tripulante extra Mar. Efraín Salim (homem rã)
Tripulante extra Mar. José Rodríguez (enfermeiro)

Capitão Luis Néstor “Coco” Rivero Vizoso. Foto: Arquivo pessoal.

Constellation e Canadair CL-44

Ele se aposentou em meados da década de 1960 para pilotar um Lockheed Constellation e ingressar na Compañía Aeronáutica Uruguaya S.A (CAUSA), uma companhia aérea que transportava passageiros para Buenos Aires, São Paulo e Rio de Janeiro. Ele obteve as classificações mais altas entre os candidatos, competindo com oito ex-pilotos da Força Aérea e dois aviadores civis. Um total de quatro pilotos ingressaram como Primeiros Oficiais.

Quando esta empresa fechou, ele passou a voar como Piloto Chefe da Aerolíneas Uruguayas, uma empresa de carga que tinha licenças precárias para operar nos EUA. Para ambas as companhias aéreas, ele pilotou aeronaves L-049 Constellation e L-1049 Super Constellation, que anteriormente pertenciam à KLM e à Air France.

Capitão Luis Néstor “Coco” Rivero Vizoso visto à esqueda. Foto: Arquivo pessoal.
Capitão Luis Néstor “Coco” Rivero Vizoso visto à esqueda. Foto: Arquivo pessoal.

Com outros sócios, fundou a empresa de carga ALAS S.A. em 1978, com um Canadair CL-44, atendendo Miami, Nova York, Houston, Basileia e diversos destinos na América do Sul. Posteriormente, também trabalhou como especialista em fumigação. Rivero participa com frequência de diversas cerimônias no Comando de Aviação Naval, onde também pode ser vista outra figura da Marinha Uruguaia, o quase centenário Suboficial Nelson Piñeyrua.

TEXTO: Javier Bonilla.

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