O Sr. Mohamed Siala, Ministro das Relações Exteriores do Governo do Acordo Nacional (GNA) da Líbia, acusou a Jordânia neste mês de abril de 2020 de fornecer veículos aéreos de combate não tripulados (UCAV) CASC CH-4B fabricados na China ao Exército Nacional Líbio (LNA) liderada por Khalifa Haftar. O LNA é uma facção armada anti-islamista formada em maio de 2014, composta por diversas milícias locais do leste da Líbia que tentam desde então tomar o poder. A acusação foi feita em carta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo as informações de inteligência, os drones foram vendidos para a Jordânia com o objetivo de proteger a fronteira do país. No entanto, foram entregues às forças de Haftar, e agora estão sendo usados em missões de ataque as cidades Líbias, tendo sido entregues no dia 28 de março de 2020 na cidade de Bengazi a bordo de um Il-76TD vindo da Jordânia. Em junho de 2019, a Real Força Aérea da Jordânia anunciou que vendeu de seis CH-4B, adquiridos da China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC) em 2016, juntamente com um lote de mísseis AR-1 e bombas FT-9. No entanto, não divulgou para quem foram vendidos.
Segundo a ONU, desde janeiro de 2020, vários países têm violado o embargo de armas à Líbia, fato confirmado pela presença de várias aeronaves de carga circulando pelo país levando suprimento, veículos e armas. A ONU acusa Jordânia, Egito e Emirados Árabe Unidos de fornecer armas ao LNA, que também tem o apoio de mercenários russos. Em resposta, no dia 31 de março de 2020, a União Européia lançou a Operação Irini (do grego “para a paz”) visando apertar o embargo, fiscalizando a entrada de aeronaves e navios na Líbia visando coibir o ingresso de material militar.