O exercício Guardião Azul chega ao fim. No último dia 22 de julho, o primeiro exercício Guardião Azul (Blue Guardian) chegou ao fim. Foram duas semanas em que operadores de UAV britânicos, americanos, franceses, italianos e alemães aprenderam sob, a rege de instrutores israelenses, a pilotar uma nova plataforma não tripulada. As aulas foram ministradas na Base Aérea da Força Aérea Isralense (IAF – Israeli Air Force) de Palmachs.
“Quando começamos a planejar o exercício, havia muitos pontos de interrogação, mas agora acho que não há dúvidas sobre a necessidade de tal exercício e seu sucesso”, disse o comandante da base de Palmachim, General Yoav Amiram, na cerimônia de formatura do exercício.
“O exercício superou nossas expectativas”, disse o Capitão B., que opera o UAV IAI Heron no Esquadrão 200 – The First UAV Squadron. “Trabalhamos muito e o resultado final de alto padrão. Relações muito boas foram formadas entre os países durante o exercício. Mal conhecíamos como era o emprego de UAVs uns dos outros e descobrimos que há muito a aprender com cada país. Por exemplo, a fonia dos operadores estrangeiros é muito significativa e muito mais curta que a nossa – é algo que gostaríamos de aprender com eles. Com a gente, foi possível aprender a flexibilidade de trabalhar no espaço reduzido do Shelter”, completa o Capitão B.
Um dos principais desafios do exercício era a conversão das tripulações para o Hermes 450 (Zik na IAF) e também nos sistemas operacionais israelenses. “Foi mais tranquilo do que esperávamos”, descreve o Capitão B. “Nossos sistemas são mais autônomos e com ênfase na missão, que exigem mais voo manual. Mas eles foram capazes de se converter para os ‘Zick’ de uma maneira boa e rápida e entender como usamos ele como plataforma ISR.”
Os preparativos para o exercício foram diferentes daqueles de outros exercícios internacionais devido às limitações da pandemia. “Realizamos reuniões eletrônicas com todos os nossos parceiros, nas quais mapeamos os objetivos, habilidades e lacunas a serm preenchidas”, diz o Tenente-Coronel L., comandante do Esquadrão – “Fire Birds” – equipado com o Hermes 900 e que liderou o exercício.
Na prática durante duas semanas, equipes de unidade de UAV da Itália, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos e França puderam aprender a voar o Hermes 450, a maneira da IAF, um vetor que nenhum deles apera atualmente. O Zik, como é chamado é empregado em missões de inteligência, reconhecimento e vigilância (ISR) pela IAF pelo Esquadrão 161.
O Ten Cel L. também falou do valor agregado que o momento trouxe: “Para nós, o timing foi o correto e criou uma oportunidade de mostrar ao longo do exercício filmes atualizados das atividades que realizamos na recente operação Guardião do Muros. Além disso, é importante mostrarmos ao mundo nossos padrões morais e os enormes esforços feitos para evitar prejudicar os não envolvidos. Tudo isso lutando em meio urbano, contra um exército terrorista e com ênfase no profissionalismo e precisão. Esses são desafios do exército israelense em geral e do sistema UAV em particular, que é importante compartilharmos”.
“Até agora, as colaborações no sistema de UAV foram feitas como parte de treinamentos que ministramos a operadores de outros países em plataformas israelenses”, observou o Brigadeiro General Amiram. “Dois anos atrás, chegamos à conclusão de que isto não é suficiente. O mundo inteiro está avançando no campo dos UAVs e devemos embarcar em uma jornada de aprendizado com outros operadores e criar oportunidades para fertilização mútua de ideias, técnicas e troca de experiências positivas e negativas. Na verdade, este é o intuito do exercício Blue Guardian, que acabou sendo bem sucedido e frutífero”.
Fonte: IAF
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