A embaixada dos Estados Unidos em Riad, Arábia Saudita, emitiu um alerta no dia 28 de outubro do que parece algo surreal, mas que deve e tornar cada dia mais comum. Um tweet na conta oficial do Departamento de Estado (@TravelGov), que destaca viagens e outros alertas de missões diplomáticas ao redor do mundo, havia a #SaudiArabia, onde a Embaixada informava estar averiguando relatórios de possíveis mísseis ou drones dirigidos a Riad em 28 de outubro. “Fique alerta. Se ouvir uma forte explosão ou se as sirenes forem ativadas, procure proteção imediatamente”.
O comunicado ainda esclareceu horas depois: a Embaixada não está mais rastreando relatos de mísseis ou drones indo em direção a Riad. No entanto, aconselha os cidadãos americanos a continuarem a exercer maior cautela na Arábia Saudita devido ao terrorismo e à ameaça de ataques com mísseis e drones a alvos civis. Leia nosso comunicado completo aqui https://sa.usembassy.gov/us-citizen-services/security-and-travel-information/.
Lembrete de ações a serem tomadas durante eventos de mísseis/drones:
Para contato de assistência: Embaixada dos EUA em Riad.
O que parece ser surreal é sério candidato a se tornar um “novo normal” em alguns lugares do mundo, para parafrasear um slogan da moda em tempos de pandemia. Apesar da embaixada em Riad já ter oferecido instruções similares em várias ocasiões no tocante a ataques terroristas, de mísseis, rebeldes Houthi e drones, a questão referente drones começa a se tornar algo natural, porque estes artefatos, aparentemente rudimentares estão em todos os lugares e passaram a ser parte do cotidiano de muitas cidades, o que os torna um vetor ideal para ações terroristas. Eles podem passar de objetos úteis e inocentes a armas fatais. Com a implantação cada vez maior de drones em serviços, como entregas, monitoramento de trânsito e captação de imagens de imprensa, os “drones maliciosos” conseguem se “misturar” facilmente ao cotidianos das cidades.
Na prática, o que o governo dos EUA está divulgando são alertas para ataques de drones suicidas, também conhecidos como munições ociosas ou mísseis de cruzeiro de baixo custo – uma prática que parece se tornar uma ferramenta ao alcance de qualquer grupo terrorista ou mesmo pessoas má intencionadas. Basta ter um drone comercial barato e explosivos como C4. Hoje setores de inteligência já vislumbram que qualquer drone de US$ 200,00 a 500,00 pode ser usado como arma. Independente disto, o que parece indicar o comunicado da embaixada é que: isto veio para ficar e iremos conviver cada vez mais com isto, ao menos até termos um “vacina eletrônica” que anule ou controle drones maliciosos.
Já os drones maiores, com aspecto militar, podem ser aproximar sutilmente e só serem percebidos quando já sobre o alvo, o que está exigindo um alerta maior das defesas. Se eles o perigo é ser se monitorado em tempo real. Hoje, um drone pode sair da postura de ISR para suicida em segundos.
Não ficou claro qual foi a ameaça específica nesse caso de Riad e nem de onde vieram os relatórios sobre esse ataque iminente. Em 29 de outubro, os Houthis alegaram ter atacado com sucesso o o Aeroporto Internacional de Abha, no sudoeste da Arábia Saudita, que no passado já havia sido atacado. Autoridades sauditas, porém, alegaram que interceptaram os drones dos Houthis antes que pudessem atingir seus alvos. Os ataques de drones Houthi no sul da Arábia Saudita, tornaram-se uma ocorrência regular nos últimos anos.
@CAS