Nova Zelândia prestes a aposentar seus últimos P-3K Orion. A Força Aérea Real da Nova Zelândia (RNZAF – Royal New Zealand Air Force) está prestes a aposentar suas três últimas aeronaves de patrulha marítima Lockheed P-3K2 Orion. Com uma frota original composta por seis unidades, a RNZAF ultrapassou 56 anos de operação com esses clássicos quadrimotores.
Com o comissionamento do primeiro Boeing P-8 Poseidon, cuja cerimônia está programada para terça-feira (20/12), a RNZAF trabalha fortemente para iniciar as operações com seu novo vetor de patrulha marítima. Assim, a aposentadoria dos últimos Orions neo-zelandeses será antecipada em cinco meses, principalmente pela desmobilização dos seus meios, que priorizam o Orion.
A RNZAF espera alcançar a Capacidade Operacional Inicial (IOC) do P-8A até julho de 2023, e a Capacidade Operacional Total (FOC) até 2025, quando terá recebido todos três Poseidons encomendados junto à Boeing.
De acordo com informações, as muitas atividades geradas com a introdução das novas aeronaves estão cobrando esforços adicionais para uma organização que luta para manter o pessoal diante da concorrência de empresas privadas que oferecem melhores salários.
A RNZAF recebeu cinco P-3B Orions em 1966 (matrículas de NZ4201 à NZ4205), e o sexto adquirido em 1985 da Austrália (NZ4206). No início da década de 1980, todas as aeronaves passaram pelo Programa RIGEL, com a atualização de aviônicos e rádios, recebendo a designação P-3K. Posteriormente, em 1997, foi aplicado o Programa KESTRAL, com a troca das asas e revisão estrutural, visando a extensão da vida útil das células. A última atualização contemplou a modernização dos sistemas de navegação, missão e comunicações, elevando as aeronaves para a designação P-3K2.
Três P-3K2 foram já aposentados pela RNZAF, a saber: NZ4203 (24/09/2021), NZ4204 (29/07/2022) e NZ4206 (20/01/2022). A aposentadoria dos três últimos Orions (NZ4201, NZ4202 e NZ4205) causará uma lacuna operacional de aproximadamente seis meses nas missões de patrulha marítima. Espera-se que a Nova Zelândia recorra aos seus parceiros regionais, como a Austrália, para cobrir essa situação temporária.
@FFO