Northrop acredita que o B-21 pode ser útil a RAAF no futuro. A Northrop Grumman disse esta semana que o B-21 ainda não está maduro o suficiente para sera adquirido pela Austrália, mas que num futuro não muito distante, ele poderá ser uma peça importante para a RAAF (Royal Australian Air Force). A declaração veio face a recente informação do governo australiano, onde o Australian Defense Forces (ADF) confirmou em sua revisão de defesa estratégica que os bombardeiros B-21 não estão nos planos.
A Revisão Estratégica de Defesa da Austrália declarou que “empreendeu discussões detalhadas na Austrália e nos EUA sobre o B-21 Raider, chegando a conclusão que ele não é uma opção adequada para aquisição”, disse o relatório. Em vez disso, a Revisão Estratégica de Defesa Australiana fará uma prioridade de investimento em reajustar o F-35A e o F/A-18F para estes serem capazes de lançar o Míssil Anti-Navio de Longo Alcance AGM-158C LRASM (Long Range Anti-Ship Missile) e o míssil stand-off de quinta geração Kongsberg Defense Systems Joint Strike Missile (JSM).
No entanto, a diretora-executiva e presidente da Northrop Grumman, Kathy Warden, disse em 27 de abril, que a porta ainda pode estar aberta para um acordo.“Seria prematuro para nós trabalharmos com outro governo no B-21, dado seu atual status de desenvolvimento. Acho importante que haja discussões – discussões contínuas sobre a venda ou colaboração com o B-21″.
As discussões e os laços entre a Austrália e os Estados Unidos aumentaram nos últimos anos. Em particular, com o acordo AUKUS – que inclui o Reino Unido – cujo objetivo é compartilhar tecnologia submarina movida a energia nuclear, mas também se expandiu para outras áreas. A AUKUS “vai mudar como essas nações trabalham juntas, e eu não tiraria isso da mesa a longo prazo, pois outras capacidades estratégicas se tornam parte desse diálogo”, disse Warden. Dado “onde o B-21 está hoje, acho apropriado que eles não contassem com isso em sua Revisão Estratégica de Defesa”, acrescentou Warden. O sucessor do B-2A Spirit deve voar ainda em 2023, provavelmente no final do ano.
Em uma declaração, o secretário de Defesa Lloyd J. Austin III não abordou a decisão do B-21 na revisão estratégica, especificamente, mas saudou o “compromisso da Austrália de estar na vanguarda da incorporação de novas capacidades” para suas forças armadas.
Embora a Austrália não esteja perseguindo o B-21 no momento, Warden disse que o país fez em fevereiro um pedido via FMS de US$ 500 milhões em AARGM-ER a Northrop, “um míssil ar-terra de alta velocidade e longo alcance que fornece capacidade de contra-defesa aérea”.
A Austrália também está buscando o Míssil Anti-Navio de Longo Alcance da Lockheed Martin, ou LRASM que é um complemento ao Joint Air-to-Surface Standoff Missile (JASSM-ER) já presente em seu inventário.
@CAS