NORAD detecta aviões militares russos próximos do Alasca. Pela quarta vez em menos de uma semana, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), rastreou aeronaves militares russas operando na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) do Alasca. O NORAD é um comando conjunto dos EUA e do Canadá responsável pela defesa dos seus espaços aéreos.
Na sexta-feira (13), o NORAD anunciou a detecção de duas aeronaves Tu-142MK (designação OTAN “Bear F”) de patrulha marítima da Aviação Naval da Marinha Russa. Já no sábado (14) e no domingo (15) foram detectados dois Il-38 (designação OTAN “May”) destinados à missões de patrulha marítima e guerra antissubmarino (ASW).
Em comunicado, o NORAD declara que trata estas atividades como uma ocorrência regular, e não uma ameaça em potencial. “Uma ADIZ começa onde o espaço aéreo soberano termina e é um considerado espaço aéreo internacional que requer a pronta identificação de todas as aeronaves de interesse da segurança nacional”, informou a nota.
O aumento dessas ocorrências ocorre no âmbito do “Ocean 2024”, um exercício binacional realizado na região do Pacífico, que envolve militares, meios aéreos e navais das Forças Armadas Russas e do Exército de Libertação do Povo Chinês (ELP). Para o Ocean-2024 o Comando da Frota do Pacífico da Aviação Naval Russa destacou oito aeronaves de patrulha marítima e guerra antissubmarino Tu-142/Il-38.
Embora o NORAD indique que não é a primeira vez que aviões russos entrem na ADIZ do Alasca, há indicações de Oficiais da USAF sobre o aumento dessas patrulhas de longo alcance. A situação se torna mais relevante quando envolve a aviação militar chinesa, como aconteceu no final de julho, quando uma patrulha combinada de bombardeiros Tu-95MS da Rússia e H-6K da China foi interceptada e escoltada por caças F-16 e F-35A da USAF e CF-18 da Força Aérea Real Canadense.
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