No terceiro dia de exercícios China simulou ataques terrestres e marítimos contra Taiwan. No sábado (06/08), terceiro dia de exercícios militares do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) em torno da Ilha de Taiwan, o treinamento focou nas capacidades de ataques terrestre e assalto marítimo, com operações conjuntas aéreas e navais. De acordo com analistas, essas missões abririam caminhos para as forças de desembarque anfíbio lançarem ataques à praia, no caso de uma operação de reunificação.
Em comunicado à imprensa, o Comando do Teatro Oriental do PLA informou que no sábado, foram realizados exercícios conjuntos em cenários de combate realistas em ambiente naval e aéreo, nos setores norte, sudoeste e leste da ilha de Taiwan. O objetivo era testar as capacidades de ataque terrestre e de assalto marítimo das tropas.
As forças navais do Comando de Teatro do Leste do PLA implantaram navios de guerra, aviões de combate e mísseis anti-navio baseados na costa, informou a China Central Television (CCTV). Durante os exercícios, um destróier operando em águas ao norte da ilha de Taiwan realizou simulações de tiro de longo alcance sob a orientação de alvo fornecida por aeronaves de alerta antecipado.
Nas águas a leste da ilha, uma fragata se aproximou do litoral em alta velocidade, assumindo posições de ataques anti-navio simulados, ataque e defesa abrangentes, bem como práticas conjuntas de guerra antissubmarino. Durante as manobras próximas da costa, os militares chineses puderam visualizar uma fragata taiwanesa da classe Kang Ding, além da praia e edifícios da ilha de Taiwan, informou a CCTV.
Vários aviões de combate do Comando Naval do PLA decolaram de um aeródromo na província de Zhejiang, no leste da China, e voaram em formação, com destino a um alvo pré-determinado para um ataque simulado coordenado com os navios de guerra.
Nas regiões costeiras da Província de Guangdong, no sul da China, um regimento de mísseis anti-navio da Marinha do PLA foi mobilizado para uma área designada e conduziu o rastreamento de alvos e o ataque simulado de acordo com os dados de alvo fornecidos pelo centro de comando.
Gerenciado pelo Centro de Controle Conjunto de Combate do Comando do Teatro do Leste do PLA, as forças da Marinha chinesa também realizaram exercícios, incluindo reconhecimento, alerta antecipado e ataques conjuntos com os aviões da Força Aérea do PLA, aumentando a interoperabilidade.
Após os exercícios de sexta-feira, que simularam a garantia da superioridade aérea e o controle marítimo, no sábado o exercício continuou na conquista do controle marítimo e aéreo, e treinou ataques terrestres. Essas medidas garantirão caminhos e minimizarão a resistência costeira para as forças de desembarque anfíbio, disse um especialista militar chinês, sob anonimato, ao Global Times.
O desembarque anfíbio é uma das missões mais desafiadoras que pode resultar em grandes baixas se as tropas forem atacadas durante o assalto à praia, e é provavelmente por isso que o PLA visa neutralizar o maior número possível de ameaças com artilharia de longo alcance, mísseis, combinados com ataques navais e aéreos, disse o especialista.
Os exercícios, que começaram ao meio-dia de quinta-feira, estão programados para terminar no meio-dia de domingo, mas especialistas disseram que operações semelhantes podem se tornar rotina se as “provocações externas dos aliados de Taiwan continuarem a provocação”.
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