NAe São Paulo (A12) é vendido em leilão. A longa novela sobre o futuro do Navio Aeródromo (NAe) São Paulo (A12) parece que vai ter um fim. Depois de anos parado no no Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, o casco do navio foi leiloado em 12 de março de 2021, por R$ 10.550.000,00 pela casa de leilões João Emílio Leiloeiro, no Rio de Janeiro/RJ. A venda foi novamente coordenada sobre a rege da Empresa Gerencial de Projetos Navais – EMGEPRON, vinculada ao Ministério da Defesa. Três empresas se candidataram segundo o DOU de 29 de Janeiro de 2021: Rota Shipping Inc e a Sok Denizcilik ve Ticaret, ambas da Turquia, e a Aratu Serviços Marítimos, brasileira (Salvador).
Esta foi a segunda tentativa de venda o São Paulo. A primeira tentativa ocorreu em 29 de outubro passado, onde o lance mínimo era de R$ 5.309.733,65. Desta vez o leilão foi um sucesso, obtendo inclusive, um ágio de pouco mais de 36%, pois o valor mínimo subiu para R$ 7.756.243,80.
Após não sido arrematado em 29 de outubro passado, onde o lance mínimo era de R$ 5.309.733,65, um novo leilão foi marcado, novamente soba a rege da Empresa Gerencial de Projetos Navais – EMGEPRON, vinculada ao Ministério da Defesa. Com a venda, seu casco será sucateado, isto é, desmontado e eu metal reciclado, assim como aconteceu com o Navio Aeródromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais (A11). Os compradores terão que proceder um desmanche ambientalmente adequado, respeitando as resoluções da Organização Marítima Internacional (IMO).
Se formos aplicar o valor em US$ (usando um taxa de US$ 1 = R$ 5,62) o valor arrecadado é de US$ 1.877.224,192 isto é 6,3 vezes menor que o valor de compra de US$ 12 milhões.
Construído entre 1957 e 1963, quando entrou em serviço na Marinha Francesa (Marine Nationale) em 15 de julho daquele ano, como Foch R-99, o segundo navio da classe Clemenceau foi adquirido pela Marinha do Brasil em um compra de oportunidade em agosto de 2000 por US$ 12 milhões. Incorporado oficialmente em 15 de novembro daquele ano, como NAe São Paulo (A-12), chegando ao Brasil, aportando em 17 de fevereiro de 2001.
Substituto do Navio Aeródromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais A-11, o São Paulo operou com relativa normalidade até 2005, embarcando em algumas comissões aeronaves Skyhawk do VF-1, helicópteros da Esquadra e em 2002 aeronaves Super Etendard e S-2T Turbo Tracker da Armada Argentina.
As operações foram suspensas a 17 de maio de 2005, quando um incidente (explosão de uma tubulação da caldeira) na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, durante a saída para uma comissão, deixou dez feridos e um morto – o 3º Sargento Anderson Fernandes do Nascimento. A partir de então entrou em Periodo de Manutenção Geral (PMG), onde começava um longo calvário onde vezes deixaria o porto para testes. Ao longo de mais de 10 anos, diverso planos de modernizações e correções de problemas foram estudados e alguns postos em prática pela Marinha. Porém os custos altos, falta de recursos, dificuldades técnicas e a falta de perspectivas de operar novos vetores embarcados, selaram seu destino e em 17 de fevereiro de 2017 ele foi oficialmente descomissionado.
Desde seu descomissionamento cogitou-se desde vender o Navio a até transformar ele em um museu flutuante, através do Instituto São Paulo-Foch. Prevaleceu a opção mais simples. Sucatear o navio.
Segundo dados oficiais da Marinha do Brasil, o A12 fez um total de 206 dias de mar, percorrendo 54.024,6 milhas (85.334 km) e realizou 566 catapultagens de aeronaves A-4 (maioria) Super Etendard e S-2T, estas argentinas.
@CAS