An MQ-9 Reaper sits on the 361 Expeditionary Attack Squadron flightline at an undisclosed location, Aug. 6, 2022. The MQ-9 is an unmanned aircraft capable of remote controlled or autonomous flight. The 361 EAS operates the aircraft in support of Operation Inherent Resolve. (U.S. Air Force photo by Tech. Sgt. Jim Bentley)
MQ-9 realiza testes para operar em pistas não preparadas. A aeronave remotamente pilotada General Atomics MQ-9 Reaper alcançou mais um marco operacional: a capacidade de operar em pistas não preparadas, ao pousar e decolar em uma pista de terra em um ambiente remoto.
A missão, conduzida por uma colaboração das unidades do Comando de Reserva da Força Aérea (AFRC — Air force Reserve Command) e das forças de Operações Especiais, destaca as capacidades operacionais aprimoradas da aeronave e o potencial para futuros cenários de combate, inclusive, o ressuprimento de tropas.
O Fort Stockton, Texas, o Nine Mile Training Center foi o local utilizado para os testes. O centro de treinamento privado das forças armadas oferece vastos terrenos, garantindo privacidade e proporcionando uma oportunidade de testar com segurança o MQ-9 Reaper.
Em 15 de junho, membros do 2nd Special Operations Squadron, 727th Special Operations Aircraft Maintenance Squadron e do 311th Special Operations Intelligence Squadron uniram forças com o 26th Special Tactics Squadron da Cannon Air Force Base, Novo México. A missão deles era criar um marco na história do Comando de Operações Especiais da Força Aérea, realizando o primeiro pouso do MQ-9 em uma pista improvisada de terra.
O Tenente-Coronel Brian Flanigan explicou ainda as implicações estratégicas dessa conquista, afirmando: “Essa capacidade será crítica nos combates futuros e se alinha perfeitamente com o conceito Agile Combat Employment da USAF”.
Historicamente, o MQ-9 Reaper sempre dependia de antenas de linha de visão (line-of-sight), para ser pilotado, o que se incluída pouso e decolagem. No entanto, com novos avanços implantados recentes, o MQ-9 agora pode decolar e pousar de qualquer local do globo terrestre.
O recurso MQ-9 SLR (lançamento e recuperação de satélites) permitiu o acesso a locais sem estrutura, remotos e despreparados. Isto dá ao MQ-9 um novo leque operacional, podendo ser implantado literalmente disperso e oculto em locais estratégicos. Parte de leque operacional foi demonstrado no teste de 15 de junho, quando a equipe mostrou a versatilidade ao empregar um pod de viagem acoplado ao MQ-9, realizando um reabastecimento do 26th Special Tactics Squadron na zona de pouso de terra.
Apelidado de “Reaper Express”, este conceito operacional fornece a capacidade de entregar suprimentos vitais em áreas confinadas onde aeronaves de carga podem enfrentar limitações. Flanigan destacou sua importância, dizendo: “Pode não conseguir carregar muito, mas o que pode conter pode ser a diferença entre levar aquela parte crítica da aeronave para um aeródromo isolado ou trazer um suprimento de sangue para as baixas sofridas durante um ataque à base”.
Embora o MQ-9 Reaper permaneça em alta demanda por seus papéis tradicionais em inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), sua capacidade de pousar rapidamente e executar descargassem “corte” do motor abre possibilidades de missões secundárias ou terciárias.
O Major Dan Carlson, piloto-chefe do 2nd Special Operations Squadron equipada com o MQ-9, afirmou que: “A capacidade única de manobrar o MQ-9 para operar a qualquer hora, em qualquer lugar é uma capacidade relativamente nova, que está transformando como nos preparamos para a luta de amanhã e também para a de hoje”.
Além disso, o exercício de certificação serviu como plataforma para que os analistas de inteligência contribuíssem e aprimorassem a missão do Esquadrão de Táticas Especiais, independentemente de sua localização operacional. À medida que o MQ-9 Reaper continua a ultrapassar limites e desenvolver suas capacidades, fica claro que seu papel no futuro será ainda mais vital tanto quanto em missões de ISR e de ataque.