Missile Defense Agency prioriza Guam em proposta orçamentária. O orçamento fiscal de US$ 10,9 bilhões da Agência de Defesa contra Mísseis para 2024 prioriza a defesa antimísseis regional e nacional, com foco principal na construção de uma arquitetura de defesa aérea e antimísseis em Guam. É mais um claro sinal que a região indo-pacífico é um foco prioritário de defesa para os EUA.
No ano passado, a agência pediu US$ 9,6 bilhões, mas recebeu quase US$ 1 bilhão a mais do Congresso. A solicitação do FY24 aumentou quase 4% em relação ao nível de financiamento aprovado. A nova proposta inclui US$ 8,7 bilhões em financiamento para pesquisa e desenvolvimento, um aumento de 6% em relação aos gastos aprovados no ano passado. O financiamento de P&D representa 80% da proposta de orçamento do FY24.
A agência também está tentando aumentar drasticamente seu orçamento de construção militar, solicitando US$ 149 milhões, quase o triplo do que recebeu no FY23, para pagar por uma nova instalação de consolidação de teste de solo que a agência está construindo em Redstone Arsenal, Alabama. De acordo ainda com documentos orçamentários, a MDA deseja aumentar ainda mais os gastos com construção militar para o FY25, para US$ 524 milhões. Esse financiamento será dedicado à construção da arquitetura de defesa antimísseis em Guam.
A arquitetura irá defender contra ameaças de mísseis balísticos, hipersônicos e de cruzeiro: “então você precisa de uma arquitetura de sensores, comando e controle e armas dispostas em lançadores”, disse o Vice-Almirante Jon Hill, diretor do MDA, durante o Reunião no Pantágono em 13 de março.
A arquitetura será composta pelos sistemas da MDA, US Army e US Navy. Parte do esforço inclui o desenvolvimento do radar AN/TPY-6 para cobertura de 360 graus. Este radar será vinculado ao sistema Aegis Weapon da US Navy. Já o Sistema Integrado de Comando de Batalha do US Army — cérebro da capacidade de defesa aérea antimísseis, bem como seu Lower-Tier Air-and-Missile Defense Sensor (LTAMDS) e radares Sentinel preencherão as lacunas para mísseis de cruzeiro e ameaças hipersônicas. O MDA também quer gastar US$ 38,5 milhões para atualizar o sistema de Comando e Controle, de Gerenciamento de Batalha e Sistemas de Comunicações para apoiar a arquitetura de defesa de Guam.
Parte do sistema antimísseis será composto pelo Terminal High Altitude Area Defense (THAAD), um sistema antimísseis balísticos da Lockheed Martin projetado para abater mísseis balísticos de curto, médio e intermediário alcance. Sua abordagem é hit-to-kill, onde o THAAD, que não carrega nenhuma ogiva, usa sua energia cinética de impacto para destruir o míssil.
Fonte: MDA.
@CAS