

Ministro da Defesa alerta para a “situação das Forças Armadas do Brasil”. Em audiência pública na comissão de relações exteriores e defesa nacional do Senado feita em 30 de setembro em Brasília–DF, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, falou sobre a precária capacidade operacional das Forças Armadas.
Preocupado com a situação de penúria que as Forças Armadas enfrentam nesta gestão do presidente Lula, o ministro da Defesa, José Múcio, fez o que chamou de “grave alerta” sobre a situação da pasta em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
“Eu vim atrás de ajuda”, alertou Múcio.
Em fala aos senadores, o ministro solicitou mais investimentos para a pasta. E declarou, entre outras coisas, que as Forças Armadas do Brasil estão em uma situação grave de falta de recursos. Em uma audiência de mais de 2 horas (acesse aqui o link da TV SENADO), o Ministro fala abertamente de vários temas, em espacial que as Forças Armadas até possuem vários equipamentos, tem vários equipamentos comprados e temos financiamento para a compra de novos equipamentos.
“Porém, não temos dinheiro para comprar combustível, peças e munição”.
“Temos munição para 30 dias?”
Em outro trecho e ressalta e avisa.
“Somos o maior pais da América Latina. Temos 52% do PIB da América Latina, mas não sei se nossas Forças Armadas estão entre as três primeiras”.
Ele apresentou dados dos gastos militares mundiais e disse que o Brasil, apesar de ser a décima economia global, é responsável por somente 1% dos investimentos em defesa.
De acordo com ele, em 2023 foram gastos US$ 2,2 trilhões na área no mundo. Já em 2024 o número subiu para US$ 2,7 trilhões e há expectativa de ampliação para este ano. Desse montante, ponderou, 52% de tudo o que foi investido em defesa veio somente dos Estados Unidos e da China.
Múcio ainda afirmou que as Forças Armadas não podem ser tratadas como uma subclasse, e que é preciso garantir investimento para a defesa com uma fonte própria e adicional.
O ministro defendeu o fortalecimento da indústria de defesa brasileira, que reúne 270 empresas estratégicas e gera 3 milhões de empregos e ressaltou que Exército, Marinha e Aeronáutica devem permanecer como instituições de Estado, alheias às disputas partidárias.
A situação das Forças Armadas em 2025 é a pior dos últimos 25 anos, face a uma série de cortes orçamentários. A Defesa foi a segunda pasta mais atingida, com uma tesourada de 2,6 bilhões de reais. Isto cortou várias operações, deixou aeronaves no solo, cortou militares de suas funções — como retirada de pilotos do voo e criou meio expediente nos quartéis.
Governo propôs R$ 133,6 bi para a Defesa no Orçamento de 2025, englobando gastos com pessoal, custeio e investimento. Em 2024, a pasta recebeu mais de R$ 125 bilhões.
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