Ministro da defesa acena para o 2º lote de Gripen. O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, declarou no dia 11/04 durante a LAAD Defence & Security 2023 – realizada esta semana no RioCento no Rio de Janeiro, que a sua pasta está atenta a necessidade da Força Aérea Brasileira (FAB) de adquirir um segundo lote de caças Saab Gripen E.
“A Força Aérea Brasileira precisa de mais caças Gripen. Estamos olhando e estudando isso. É uma conversa que está apenas começando e está evoluindo bem”, disse o Ministro. A declaração é importante para a FAB e para a Defesa Aérea do país, que em breve irá aposentar os caças Embraer A-1M (2025) e na sequência os Northrop F-5M, hoje com previsão de serem retirados em 2032. O segundo lote de F-39E estenderia as entregas do caça sueco por mais 15 anos, abrindo a possibilidade de todos os caças do 2º lote serem montados no Brasil pela Embraer. Isto geraria mais empregos diretos e indiretos, além de novos negócios nas áreas de manutenção, logística, industrial e de treinamento.
Hoje a FAB já possui uma compra total de 40 F-39E/F, já tendo iniciado as operações das primeiras aeronaves em Anápolis junto ao 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) em dezembro passado. Cinco aeranaves estão no Brasil e, em breve, mais duas devem chegar da Suécia.
Segundo o Ministro Mucio, esta semana o assunto sobre o 2º lote de Gripen E foi conversado com o embaixador da Suécia no Brasil, deixando claro que as negociações estão abertas. Fontes do Ministério da Defesa, afirmam que segundo lote poderia envolver até 30 novas aeronaves, todas monoplaces (F-39E), elevando para 70 unidades adquiridas, o que permitiria implantar o caça sueco em outras bases aéreas.
Na cerimônia de abertura da 13ª edição da LAAD, o Ministro da Defesa, também destacou a capacidade da Base Industrial de Defesa (BID) para gerar empregos, com reflexo em outros campos de atuação. Atualmente, a BID emprega cerca de 2,9 milhões de pessoas no Brasil, sendo 1,6 milhão de empregos diretos e 1,3 milhão de indiretos. O setor representa, hoje, cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto).
“Cada emprego na Base Industrial de Defesa gera 2,6 empregos em outros setores. Ou seja, o investimento na indústria de defesa estimula o mercado de trabalho, na totalidade, no País”, disse o ministro.
@CAS