

MiG-31 russos invadem o espaço aéreo da OTAN. A Estônia acusou a Rússia de realizar sua incursão mais agressiva no espaço aéreo do ano, depois que três caças MiG-31 cruzaram os céus da Estônia em 19 de setembro e permaneceram por cerca de 12 minutos antes de serem interceptados por aeronaves da OTAN.
Os três MiG-31 da Força Aerospacial da Federação Russa (RF VVS) entraram no Golfo da Finlândia com seus transpônderes desligados, conforme a mídia estoniana, e voaram perto de Tallinn antes que os JAS 39C interceptá-los, e os retirassem do espaço aéreo da OTAN. Um comunicado foi feito pelas Försvarsmakten — a conta oficial das Forças Armadas Suecas no X neste link. Caças F-35A da Aeronautica Militari Italiana (AMI) também foram acionados, decolando do QRA na base de Ämari, na Estônia.
A porta-voz da OTAN, Allison Hart, confirmou a resposta, descrevendo o incidente como “mais um exemplo do comportamento imprudente da Rússia e da capacidade de resposta da OTAN”.
O Ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, convocou o encarregado de negócios da Rússia em Tallinn para um protesto formal, chamando a incursão de “descarada e sem precedentes”. Ele acrescentou que “a Rússia já violou o espaço aéreo da Estônia quatro vezes este ano, o que por si só é inaceitável. Mas a violação de hoje deve ser enfrentada com um rápido aumento da pressão política e econômica”.

O incidente segue um padrão de atividade russa recente no flanco leste da OTAN. Em 10 de setembro, mais de uma dúzia de drones entraram no espaço aéreo polonês, levando Varsóvia a invocar o Artigo 4 do tratado da OTAN. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, descreveu o episódio como “uma violação sem precedentes do espaço aéreo polonês” e alertou que isso aproximou a Europa de um conflito aberto. A Romênia também relatou drones russos entrando em seu espaço aéreo este mês, com fragmentos de ataques anteriores na Ucrânia pousando repetidamente em território romeno.
A Estônia respondeu lançando exercícios militares não planejados para testar sua prontidão para novas violações. O Tenente-General Andrus Merilo, Comandante das Forças de Defesa da Estônia, disse que os exercícios refletem preocupações crescentes com as táticas russas, acrescentando que “reabastecimento, prontidão e resposta rápida devem ser testados sob a premissa de que as incursões no espaço aéreo continuarão”.

A União Europeia também vinculou o incidente à política mais ampla de sanções. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, afirmou em 19 de setembro que “repetidamente, o presidente Putin intensificou a pressão e, em resposta, a Europa está aumentando sua pressão”, enquanto Bruxelas revelava novas restrições direcionadas às transações financeiras e energéticas russas.
A Rússia não se pronunciou publicamente sobre a violação da Estônia. Com a OTAN reforçando sua postura aérea na Operação Eastern Sentry, caças aliados da França, Alemanha e Dinamarca já estão em rotação na região.
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