MBDA afirma ter soluções contra “mísseis hipersônicos”
MBDA afirma ter soluções contra “mísseis hipersônicos”. A MBDA disse que está pronta para ajudar a Europa a desenvolver suas defesas contra mísseis hipersônicos, mesmo que várias das ameaças continuem a amadurecer em meio a uma guerra em curso no continente.
Em 2019, o Conselho da União Europeia deu luz verde ao projeto de capacidade de Alerta e Intercepção Oportuna com Vigilância de Teatro Baseado no Espaço (TWISTER — Timely Warning and Interception with Space-based Theatre surRveillance), que se inscreveu no quadro da Cooperação Estruturada Permanente (PESCO — Permanent Structured Cooperation), para desenvolver um interceptador para começar a lidar com ameaças emergentes. O interceptador TWISTER foi concebido para se defender contra manobras de mísseis balísticos de alcance intermediário, mísseis de cruzeiro hipersônicos ou supersônicos, planadores hipersônicos, mísseis antinavio e alvos mais convencionais — como caças de última geração.
Um comunicado de imprensa da MBDA de novembro de 2021 também mencionou o programa como um dos dois projetos de sistemas de mísseis desenvolvidos sob a estrutura PESCO, já que a empresa abriu um escritório permanente em Bruxelas.
Surge a competição europeia — Em janeiro deste ano, a Airbus, que se tornou cada vez mais ativa na defesa antimísseis e é uma potencial rival da MBDA, fechou uma parceria com o Centro de Defesa contra Mísseis (MDC — Missile Defence Centre) do Ministério da Defesa do Reino Unido. Desde seu estabelecimento em 2003, o MDC expandiu seu leque de defesa contra ameaças avançadas, incluindo aí mísseis hipersônicos.
No entanto, pouco se sabe sobre as ambições hipersônicas da MBDA. Porém, falando em 15 de março durante uma coletiva de imprensa que detalhou as perspectivas da empresa para 2023, o CEO da MBDA, Éric Béranger, disse que a empresa tem “muito” a oferecer no campo: “Achamos que temos algo para trazer para a mesa”, disse Béranger. Países como EUA, Rússia e China avançaram muito no desenvolvimento de mísseis hipersônicos, com os russos já tendo usado o Kh-47M2 no conflito com a Ucrânia.
Enquanto isso, em dezembro de 2022, a Força Aérea dos EUA (USAF) anunciou que havia realizado o primeiro teste de lançamento de sua primeira arma de resposta rápida, o AGM-183A ARRW na costa sul da Califórnia.
O mercado global de mísseis e sistemas de defesa antimísseis (MMDS — Missiles and Missile Defence Systems) foi avaliado em US$ 34,9 bilhões em 2022 e deve crescer a uma taxa anual de 3,5% para atingir um valor de US$ 49,2 bilhões até 2032. Prevê-se que a demanda por MMDS seria impulsionada pela modernização da defesa aérea e aquisições avançadas de ataques de precisão por países como EUA, Rússia, China, Índia e vários estados europeus.
Assim como a corrida por mísseis hipersônicos está aberta, o contra-ataque com sistemas para interceptar estes artefatos que voam acima de Mach 5 (podem chegar a até 25 vezes a velocidade do som). É neste cenário que a MDBA emitiu uma chamada aos países europeus afirmando que está pronta para oferecer soluções de antimísseis hipersônicos.
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@CAS