Marinha do Brasil e Forças Armadas da França realizam Operação Anfíbia no Rio de Janeiro. Após três dias de intensos exercícios, terminou na terça-feira (16), a fase de mar da Operação “Jeanne d’Arc 2024”, realizada pela Marinha do Brasil (MB) com as Forças Armadas da França, que incluem a Marinha Nacional da França (MNF) e a 9ª Brigada do Exército francês. Um dos pontos altos dos exercícios foi a Demonstração Operativa de uma Incursão Anfíbia, realizada na Ilha da Marambaia (RJ), na região da Baía de Sepetiba, no dia 15 de abril, que contou com meios e militares brasileiros e franceses.
Durante a Demonstração Operativa da Incursão Anfíbia, foram desembarcados, na praia, militares brasileiros e franceses para realizarem uma missão simulada. Dentre os participantes estavam equipes de Operações Especiais, infiltradas por meio de Salto Livre Operacional, unidades anfíbias da Força de Fuzileiros da Esquadra, além das embarcações de desembarque de ambos os países, que abicaram na praia para desembarcar os Fuzileiros Navais.
Manobras de aproximação entre navios brasileiros e franceses
Durante a “Jeanne d’Arc 2024”, foram realizados outros treinamentos com o propósito de ampliar a interoperabilidade das Forças envolvidas, como o Leap Frog e o Light-Line entre navios brasileiros e franceses. Esses exercícios, que simulam manobras para a transferência de insumos e pessoal entre navios no mar, envolvem perícia, pois exigem que os navios naveguem muito próximos, o que requer o acompanhamento atento da equipe de manobra durante toda a ação.
Nesta operação combinada, essas duas manobras foram realizadas entre o Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico” – Capitânia da Esquadra brasileira – e a Fragata “Guépratte” da Marinha Nacional da França; e entre a Fragata “Liberal”, da Marinha do Brasil, e o Navio Anfíbio Porta-Helicópteros “Tonnerre”, francês.
Esses exercícios têm sua necessidade reforçada, pois, Forças Navais em operações no mar precisam manter sua capacidade de autossustentação, permitindo que elas operem durante um período considerável, sem o apoio de suas bases.
No exercício de Leap-Frog, é treinada a manobra de aproximação de navios a curta distância, mas nenhum cabo é passado, e o navio mais a ré, inicia a aproximação, permanecendo a contrabordo por alguns minutos. Já o Light Line tem como principal propósito passar um cabo de distância com o objetivo de manter a posição entre os navios enquanto navegam, ambos adotando o mesmo rumo e velocidade.
Estas duas manobras devem ser conduzidas no menor tempo possível, para que os navios envolvidos não se tornem alvos vulneráveis a um possível ataque, uma vez que estarão com seus movimentos restringidos.
Fonte: Agência Marinha
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