Mali recebe aeronaves de combate russas. As forças armadas do Mali incorporaram recentemente uma série de aeronaves oriundas da indústria da Rússia, seu aliado na sua luta contra insurgência islâmica no interior do país. Uma cerimônia militar foi realizada em 09 de agosto no Aeroporto Internacional Modibo Keita, em Bamako-Sénou, com a presença do presidente Assimi Goita e do embaixador russo Igor Gromyko.
Fotos da aeronave foram postadas na página oficial do Twitter presidencial, com a mídia estatal russa RIA dizendo que a entrega consiste em caças Sukhoi Su-25, jatos L-39 Albatros e helicópteros de ataque. O ministro da Defesa do Mali, Sadio Camara, disse em um discurso no canal de TV estatal do Mali, ORTM, que um número ainda maior de aeronaves foi entregue.
O Mali tem lutado contra uma insurgência islâmica que tomaram o norte do país em 2012. O controle do território foi recuperado com ajuda militar francesa em 2013, mas os ataques e os combates continuaram nos anos seguintes. O exército francês está deixando o Mali, depois que o presidente Emmanuel Macron anunciou em fevereiro deste ano, suas preocupações com o atual governo do país africano trabalhar com mercenários russos.
Vários governos acusaram o Mali de trabalhar com mercenários do Grupo Wagner, uma empresa militar privada russa. Em março, a Human Rights Watch divulgou um relatório no qual vários moradores de Moura atestaram testemunhar mercenários cometendo execuções extrajudiciais e abusos de direitos humanos com o exército do Mali durante um período de cinco dias.
A comunidade internacional denunciou que o Mali contratou mercenários do Grupo Wagner, uma empresa pára-militar privada russa, recentemente acusada pelo Human Rights Watch de cometer execuções extrajudiciais e abusos de direitos humanos em conjunto com militares do Mali no interior do país.
Em 2020 o Mali encomendou quatro helicópteros Mi-8MT/Mi-17Sh da Rússia, por US$ 61 milhões, incluindo treinamento e armas, com entregas realizadas a partir de 2021. Os Su-25 e L-39 são aquisições recentes. Essas informações são do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo.
Fonte: VOA
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