Mais C-130 Hércules para a SAAF? Os Estados Unidos ofereceram à África do Sul aeronaves de transporte C-130H Hércules usadas para substituir sua antiga frota C-130BZ da Força Aérea Sul-Africana (SAAF — South African Air Force). O governo sul-africano está avaliando a oferta que vem sob a bandeira do programa Excess Defense Articles (EDA).
“Uma equipe de técnicos da SAAF viajou para os Estados Unidos no mês passado (setembro) para explorar equipamentos disponíveis e trocar pontos de vista com seus colegas da USAF”, informou o governo.
O Diretor de Revisão da Defesa Africana, Darren Olivier, alertou que o orçamento extremamente baixo da Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF) é a principal limitação na busca por isso. Ele acrescentou haver vários fatores que influenciam a decisão de não de aceitar a oferta dos EUA, incluindo o fato de que os C-130H precisariam de atualizações antes de entrar no serviço da SAAF. Não se sabe se a USAF ofereceu quaisquer subsídios para a aeronaves, avaliadas em US$ 12 milhões cada, sem conta os valores das atualizações necessárias. O governo sul-africano espera por um descontou ou pacote vantajoso. Caso contrário, será mas vantajoso atualizar os C-130BZ localmente.
Em maio deste ano, o Departamento de Defesa revelou estar explorando a atualização da frota C-130BZ Hercules a um custo de R$ 1,6 bilhão. O ministro da Defesa Thandi Modise também revelou que o Reino Unido ofereceu seus C-130J Super Hércules, enquanto os EUA estavam oferecendo C-130H, em ambos os casos usados.
A SAAF considerou três opções, explicou Modise. A primeira foi não gastar dinheiro e recusar a compra de aeronaves de segunda mão e não atualizar a atual frota de C-130BZ — isso significaria que a vida útil da aeronave termina em 2024. A segunda foi também recusar a oferta de compra e atualizar cinco das seis aeronaves do 28º Esquadrão da SAAF a um custo R$ 1,6 bilhão. Isso permitiria que os C-130BZ permanecessem em aeronavegabilidade até 2040. A terceira opção é aceitar a oferta dos EUA e atualizar simultaneamente cinco aeronaves por R$ 1,6 bilhão. Os modelos C-130H de segunda mão conseguiriam servir até 2028 e os C-130BZ até 2040.
“A SAAF considerou a opção dois”, afirmou Modise na época, acrescentando que a porta para transportes adicionais do Hércules não estava completamente fechada. Com a ida aos EUA, parece que a opção número três voltou a ser opção. De qualquer forma, a SAAF terá que gastar dinheiro para manter uma frota de Hércules. Ela terá que determinar se gastar R$ 1,6 bilhão em atualizações é mais barato ou mais caro do que recondicionar os C-130H ou ambas as opções pode ser viáveis se houver um desconto dos EUA. É provável que uma decisão sobre a oferta dos EUA seja tomada dentro de algumas semanas.
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