Maduro classifica de “roubo” a apreensão do segundo jato venezuelano pelos EUA. A Venezuela repudiou a apreensão de mais uma das suas aeronaves pelos Estados Unidos. Em nota oficial, o governo de Nicolás Maduro chamou a ação de ilegal e classificou como um “roubo” a apreensão do jato executivo.
“A República Bolivariana da Venezuela denuncia ao mundo o roubo descarado de uma aeronave pertencente à nação venezuelana, executado por ordem do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. (…) Este ataque contra a Venezuela demonstra que Rubio não passa de um criminoso disfarçado de político, usando seu cargo para saquear e privar nosso país de seus bens. Seu ódio o transforma em um delinquente internacional, capaz de violar qualquer norma para prejudicar nossa Pátria”, disse o governo venezuelano.
O Falcon 2000EX, matrícula venezuelana YV3360, foi apreendido no dia 06 de fevereiro de 2025, enquanto passava por manutenção programada em um hangar no Aeroporto de Santo Domingo, capital da República Dominicana. Ele era utilizado por Maduro e seus ministros em missões internacionais. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em visita ao país caribenho, acompanhou a operação realizada pelas autoridades americanas.
Na nota oficial, o governo venezuelano também chamou de “fantoche” e “submisso” o governo dominicano e afirmou que o Maduro tomará as “ações necessárias” para denunciar a apreensão e exigir a devolução imediata da aeronave, a segunda apreendida pelos EUA na República Dominicana em cerca de seis meses.
Em setembro do ano passado, os EUA apreenderam o primeiro avião venezuelano em Santo Domingo. Na ocasião, o governo norte-americano afirmou que o Falcon 900 EX foi “recuperado” com base em violações de sanções impostas contra a Venezuela, controles de exportação e lavagem de dinheiro. Além disso, a aeronave teria sido comprada ilegalmente através de uma empresa de fachada.
A apreensão do avião acontece em meio à pressão internacional sobre a eleição presidencial venezuelana e as incertezas de como o Donald Trump lidará com Nicolás Maduro. Na semana passada, um enviado do governo norte-americano se reuniu com Maduro em Caracas, quando foi discutida a questão da imigração ilegal e a deportação de venezuelanos. Além disso, seis americanos que estavam presos na Venezuela foram devolvidos após a erunião.
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