Lula voará para Rússia no C-30 da FAB e operação “Raízes do Cedro” fica temporariamente suspensa
Lula voará para Rússia no C-30 da FAB e operação “Raízes do Cedro” fica temporariamente suspensa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá utilizar o único C-30 em operação pela Força Aérea Brasileira (FAB), para sua viagem à Rússia, onde participará da reunião do BRICS na próxima semana. Com isto, a operação humanitária “Raízes do Cedro”, que resgata brasileiros do Líbano, fica temporariamente suspensa.
A escolha do C-30 (designação militar FAB para o Airbus A330-200) ocorre após o incidente envolvendo o avião presidencial VC-1 (Airbus A319ACJ) na decolagem da Cidade do México há duas semanas. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM).
A FAB possui dois C-30 operados pelo 2º/2º Grupo de Transporte (2º/2º GT) “Esquadrão Corsário, sediado na Base Aérea do Galeão (RJ). Matriculados 2901 e 2902, essas são as maiores aeronaves da FAB, com capacidade para acomodar até 238 passageiros e autonomia para realizar voos de longa distância sem a necessidade de escalas técnicas para reabastecimento.
Atualmente, apenas um C-30 está em operação, devido a uma parada programada do FAB 2902 para manutenção, que está sendo realizada no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Por isso, o FAB 2901 estava fixo na Operação “Raízes do Cedro”, sob a qual realizou cinco voos entre o Beirute e São Paulo/Guarulhos, resgatando mais de mil brasileiros da zona de conflito no Oriente Médio.
A SECOM ainda não detalhou se o presidente viajará no mesmo avião que participou da operação humanitária, ou se a outra aeronave (2902) sairá da manutenção a tempo de realizar a missão presidencial para a Rússia.
No início de outubro, o VC-1 (FAB 2101) operado pelo Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB, apresentou uma falha técnica logo após decolar do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, nos arredores da Cidade do México. De acordo com a FAB, a pane foi solucionada em voo pelos tripulantes, mas a aeronave precisou retornar para pouso, o que aconteceu com segurança após quase cinco horas de espera para consumo de combustível. O retorno de Lula e sua comitiva ocorreu na aeronave reserva (VC-2).
Após esse incidente, Lula afirmou que pediu ao Ministério da Defesa estudos para adquirir um novo avião presidencial, além de novas aeronaves VIPs para a FAB transportar ministros e autoridades. Adquirido em 2005, o VC-1 FAB 2101 segue fora de serviço, em manutenção no Brasil, após a pane no México.
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