Lockheed Martin revela um novo míssil misterioso. A Lockheed Martin lançou em 1º de março de 2025, um pequeno vídeo em suas redes sociais, revelando uma nova arma ainda sem nome. Nenhum detalhe foi divulgado, com a empresa somente a descrevendo como “modular, letal e acessível”.
As dimensões da arma são difíceis de julgar, pois a Lockheed Martin colocou a arma em um fundo escuro sem objetos que pudessem ser usados como referência para as dimensões. A arma em questão poderia ser um míssil de cruzeiro de baixo custo de comprimento na mesma classe do AGM-158 JASSM e AGM-58 JASSM-ER, fabricado pela mesma empresa. Pelo formato, ela parece derivar no AGM-158.
O que podemos ver é um míssil de cruzeiro, com um motor foguete, asas dobráveis, quatro barbatanas na cauda e algumas outras características interessantes.
Começando pelo nariz, há o que poderia ser o sensor infravermelho de imagem (IIR) agora “comum” encontrado em muitas armas de standoff para auxiliar na mira. No topo da arma há o que parece ser um painel solar, algo como um recurso intrigante.
Perto da cauda, um sensor em formato de hexágono pode ser visto, com possivelmente outro em uma posição simétrica do outro lado. A função desses sensores é desconhecida, mas sua semelhança com os sensores do Distributed Aperture System (DAS) do F-35 pode indicar uma possível relação com a orientação de navegação para ambientes degradados por GPS.
Um palpite ela poderia ser a Extended Range Attack Munition (ERAM), ou uma arma equivalente. A USAF tem trabalhado nesta munição de lançamento aéreo guiada por precisão e de baixo custo para a Ucrânia. A licitação divulgado pela USAF em 2024 pede uma munição da classe de 500 libras, com alcance de pelo menos 250 milhas e velocidade máxima de Mach 0,6. A dimensão da ogiva não foi especificada, embora tenha sido solicitado que seja do tipo explosão/fragmentação com algum grau de capacidade de penetração.
O sistema de navegação da arma precisa conseguir operar em um ambiente degradado de GPS,’ então a adição de outros sensores para auxiliar o GPS seria plausível. Além disso, uma precisão terminal com uma probabilidade de erro circular (CEP) de 10 m foi solicitada em ambientes não EMI (Interferência Eletromagnética) e de alta EMI. As empresas que trabalham no projeto ERAM não foram divulgadas, embora a Lockheed Martin possa ser uma candidata.
Um segundo candidato seria um programa que a Lockheed Martin lançou alguns anos atrás, apelidado de Projeto Carrera. A empresa investiu US$ 100 milhões para serem usadas em ativos e armas não tripulados colaborativos para Operações Conjuntas All-Domain.
Se for esse o caso, os sensores do tipo DAS poderiam ser usados para permitir que os ativos e armas não tripulados se unissem em enxames. Obviamente, esses sensores também poderiam ser algo completamente diferente. Curiosamente, um recurso semelhante também está presente no vídeo sobre o Projeto Carrera lançado pela empresa.
A descrição “modular, letal e acessível” relembra a filosofia de design por trás do míssil hipersônico Mako revelado pela Lockheed Martin no ano passado. Na verdade, o Mako foi descrito como modular e produzido em massa, auxiliado pela manufatura aditiva (comumente conhecida como impressão 3D).
A empresa adotou processos de manufatura aditiva para a produção de diversas peças, reduzindo significativamente os custos. A produção com manufatura aditiva “atende a todos os requisitos de engenharia a 1/10 do custo e é 10 vezes mais rápida e barata do que os métodos subtrativos convencionais”, mencionou a empresa ao apresentar o Mako.
Quanto à modularidade, o Mako foi descrito como baseado em uma Arquitetura de Sistema Aberto (OSA) para permitir atualizações rápidas ou alterar seções inteiras como orientação ou buscadores, dependendo dos requisitos da missão. A Lockheed Martin diz que esses elementos podem ser atualizados sem “enredamentos proprietários”, o que significa que componentes de diferentes fabricantes podem ser integrados a critério do usuário.
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