Líder da Al-Qaeda foi eliminado por dois Hellfire 9X

Líder da Al-Qaeda foi eliminado por dois Hellfire 9X. Um Unmanned Aerial Vehicle (UAV) General Atomics MQ-9B Reaper da USAF foi empregado para eliminar o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri. O ataque realizado às 22h da noite do dia 30 de julho, em Cabul, no Afeganistão. O Reaper empregou dois mísseis cinéticos AGM-114R9X Hellfire, também conhecido como Míssil Ninja.

O MQ-9B lançou dois mísseis AGM-114 Hellfire em uma casa em Cabul, atingindo al-Zawahiri quando ele estava em uma varanda. Familiares em outras partes da casa não ficaram feridos e não há indicações de que outros civis tenham sido atingidos no ataque, disse o Pentágono. Isto é não houve um explosão provocada pelo míssil. Ayman al-Zawahiri foi morto por uma arma cinética, que até 2019, era secreta e desconhecida do público.

O míssil é o AGM-119R9X Hellfire, que não possui ogiva (cabeça de guerra), mas sim seis lâminas afiadas se abrem após o lançamento, que pouco antes do impacto giram em alta velocidade, esmagando e cortando o alvo. O alvo é morto pelo impacto associado a cortes e perfurações provocados pelas lâminas, sem causar uma explosão e sem gerar efeitos colaterais diretos. É o legítimo reaper (ceifador).

É por esta razão que esta arma é chamada também de “ginsu voador”, em referência um comercial de facas de cozinha japonesas dos anos 1980/90 super afiadas, destinadas a laminar peixes, que cortam perfeitamente latas de alumínio e permanecem sempre afiadas.

Algumas fotos postadas online mostram o impacto desses mísseis. Uma dessas fotos antigas no Twitter supostamente mostra um carro destruído por um Hellfire R9X em Idlib, na Síria. O Pentágono e a CIA nunca reconheceram o uso de mísseis Hellfire R9X.

O Hellfire R9X é uma variante do Hellfire R (AGM-114R) com uma ogiva cinética e equipado com um conjunto de seis lâminas “pop-out” (retráteis que se abrem durante o voo) ao invés de explosivos. Foi criado especificamente para alvos humanos de alto valor, operando como um tiro de sniper. Sua letalidade vem do casamente dos 45 kg (100 lb) do peso do conjunto associado às seis lâminas que giram em alta velocidade, para esmagar e cortar o alvo. O conceito é simples, reduzir danos colaterais e ser efetivo e cirúrgico.

Esta característica deu ao R9X apelidos como “Míssil Ninja” e “Ginsu Voador”. Implantada em segredo em 2017, sua existência só se tornou pública em 2019. Esta variante foi usada no assassinato de Jamal Ahmad Mohammad Al Badawi, acusado de ser o idealizador do ataque ao USS Cole (DDG-67) no porto de Aden/Iêmen em 12 de outubro de 2000. Ele foi eliminado em 1º de janeiro de 2019, na província de Ma’rib/Iêmen. Outro assassinado pelo Hellfire 9X foi Abu Khayr al-Masri, líder da Al-Qaeda, morto em seu carro em Al-Mastumah/Síria em 26 de fevereiro de 2017. Ele teria sido a primeira vítima do Hellfire cinético.

A arma também foi usada na Síria e no Afeganistão contra líderes do Talibã e outras duas vezes em 2020 contra líderes da al-Qaeda na Síria. Até setembro de 2020, as autoridades dos EUA estimaram que ele havia sido usado em combate cerca de seis vezes. Esta teria sido a sétima? Com a palavra o Pentágono. 

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