

LHD Trieste é comissionado na Marinha Italiana. O Landing Helicopter Dock (LHD) Trieste (L9890), o maior navio de guerra da Marinha Italiana desde a Segunda Guerra Mundial, recebeu sua bandeira de batalha durante, um a cerimônia militar em 26 de outubro de 2025, sendo comissionado oficialmente na Marina Militare.
A cerimônia, realizada em Trieste, coincidiu com o 71º aniversário do retorno da cidade ao controle da Itália e marca a transição do navio para o serviço operacional completo.

O mais novo navio de assalto anfíbio da Marinha Italiana, o LHD (Landing Helicopter Dock) Trieste (9890), recebeu sua bandeira de batalha durante uma cerimônia realizada a bordo do Cais de Bersaglieri, em Trieste, nordeste da Itália, em 26 de outubro de 2025. O evento coincidiu com o 71º aniversário do retorno da cidade à Itália, após os eventos da II grande Guerra. Portanto, deve destacar o vínculo simbólico entre o navio e a cidade cujo nome ele leva.
A cerimônia que marca a entrega da Bandiera di Guerra (Bandeira de Batalha) é um marco simbólico na vida de qualquer unidade da Marinha Italiana. A bandeira, oferecida em nome da Nação, personifica a honra, as tradições e os valores das Forças Armadas Italianas e transforma o navio em um navio de guerra operacional sob as leis do Estado. Embora o navio de assalto anfíbio tenha sido oficialmente entregue à Marina Militare em dezembro de 2024, a apresentação da Bandeira de Batalha pelo Presidente da República marca formalmente sua entrada em serviço ativo: a partir de agora, Trieste é reconhecido não somente como um navio, mas como uma extensão soberana da Itália no mar, pronto para representar o país em operações nacionais e internacionais.

Como explicado, o momento do evento também teve uma forte ressonância histórica: em 26 de outubro de 1954, Trieste retornou oficialmente à administração italiana após quase uma década de incerteza após a Segunda Guerra Mundial. Ao final do conflito, a cidade havia sido ocupada por guerrilheiros iugoslavos e então colocada sob controle militar aliado, tornando-se parte do Território Livre de Trieste, dividido em duas zonas: a Zona A, sob administração Anglo-Americana e a Zona B, sob controle iugoslavo. O Memorando de Londres de 1954 resolveu finalmente a questão, devolvendo a Zona A, incluindo a cidade de Trieste, à Itália, enquanto a Zona B foi atribuída à Iugoslávia.
A bandeira de batalha foi formalmente entregue ao comandante do navio, Capitão Francesco Marzi, pelo prefeito de Trieste, Roberto Dipiazza, que enfatizou o significado emocional e histórico da ocasião. “Em 25 anos como prefeito, vivi muitos momentos de grande emoção, mas a chegada de Trieste, hasteando a bandeira italiana e levando o nome da cidade ao redor do mundo, foi um dos mais emocionantes”, disse Dipiazza.
O Ministro Crosetto destacou a importância estratégica mais ampla do evento. “Para Trieste, este é um grande dia, pois seu nome permanecerá neste navio por décadas. É um importante ato de respeito das Forças Armadas e da Marinha para com a cidade e sua história. Mas também é um momento significativo para a Itália, ao confirmar que nossa Marinha está entre as principais forças marítimas do mundo em eficiência, dissuasão e capacidade. Poucas marinhas operam mais de um porta-aviões, e a Itália está entre elas.”
Seguindo a fórmula tradicional, o prefeito dirigiu-se ao Capitão Marzi, declarando: “Comandante, em nome da cidade de Trieste, apresento-lhe a Bandeira de Batalha do navio Trieste”.
A bandeira foi então hasteada a bordo do navio, onde quatro helicópteros (dois EH-101 e dois SH-90) estavam estacionados no convés de voo, acompanhados de salvas de fuzil. Ao mesmo tempo, centenas de cidadãos reunidos na Piazza dell’Unità d’Italia assistiram ao evento em um telão, onde uma cerimônia oficial de hasteamento da bandeira ocorreu simultaneamente.

Entregue à Marinha Italiana em 7 de dezembro de 2024, o navio de assalto anfíbio de 33.000 toneladas foi construído pela Fincantieri nos estaleiros de Castellammare di Stabia e Muggiano. Com 245 metros de comprimento e um convés de voo de 230 metros, o Trieste é o maior navio de combate construído para a Marinha Italiana desde a Segunda Guerra Mundial.
Projetado para desempenhar múltiplas funções, o navio pode embarcar mais de 1.000 militares e operar tanto como porta-aviões quanto como plataforma de comando e controle para operações conjuntas. Possui um convés de poço inundável para embarcações de desembarque, um amplo convés para veículos e pode operar aeronaves F-35B Lightning II (que estão substituindo gradualmente os AV-8B+ Harrier II ainda em serviço), além de helicópteros. O navio serve como capitânia do Grupo de Tarefa Anfíbia da Marinha Italiana e complementa a capacidade ofensiva de porta-aviões fornecida pelo ITS Cavour (C-550).
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