Korean Air e RoKAF estudam converter Boeing 747-400 para lançamentos espaciais. A companhia aérea Korean Air, emitiu um comunicado em 20 de julho informando que iniciou estudos sobre a viabilidade da modificação de aeronaves comerciais de grande porte, para o lançamento de foguetes espaciais e veículos orbitais. O projeto é uma parceria com a Universidade Nacional de Seul, e foi motivado por um pedido do Comando da Força Aérea da República da Coreia do Sul (RoKAF).
A empresa aérea sul-coreana analisará a necessidade da tecnologia, os custos operacionais e as modificações necessárias, para converter um Boeing 747-400 em uma plataforma de lançamentos aéreos. Este projeto chega dois meses depois que as autoridades de Washington e de Seul assinaram a retirada de barreiras, ou “diretrizes”, impostas pelos EUA que restringiam os lançamentos de projéteis em voo e o alcance de mísseis da Coréia do Sul.
Conforme o comunicado da Korean Air, este projeto de pesquisa é especialmente significativo, pois ampliará o alcance dos lançamentos de foguetes da Coréia do Sul, superando as suas limitações territoriais e geográficas. Atualmente, o país asiático só pode lançar s seus satélites para a região sul, a partir do Centro Espacial Naro, no condado de Goheung. Com a futura plataforma de lançamento em voo, os foguetes poderão ser lançados em várias direções e rotas, em altitudes médias de 12 km, sofrendo menor interferência das condições climáticas regionais.
Além dos pontos observados anteriormente, o lançamento aéreo reduz o custo de construção e manutenção de locais especialmente destinado para essas missões, além de possibilitar a geração de receita, com a prestação de serviços para clientes estrangeiros, que não possuem locais para os seus lançamentos. Este é o serviço que a empresa privada americana Vigin Orbit oferece, com o seu Boeing 747-400 especialmente modificado para lançamentos espaciais suborbitais.
Enquanto autoridades militares, governamentais e empresas privadas se esforçam para anunciar planos de utilização de pequenas constelações de microsatelites na “nova era espacial”, a Coréia do Sul ainda não estabeleceu um ambiente de lançamento para esses pequenos satélites. Desta forma, é inevitável a utilização de sistemas de lançamentos do exterior, através de contratos que levam em média mais de dois anos, desde a assinatura até o lançamento efetivo. Esta é a razão pela qual o desenvolvimento de capacidades de lançamento aéreo deve ser priorizado, observou a Korean Air.
“Para atrair a crescente demanda mundial por lançamentos de pequenos satélites, é essencial desenvolver capacidades de plataformas de lançamentos aéreos, que não sejam afetados por condições climáticas ou geográficas. Usaremos a nossa vasta experiência na operação de aeronaves e no segmento aeroespacial, que inclui integração de sistemas de aeronaves e montagem do primeiro veículo de lançamento espacial da Coréia so Sul, para desenvolver um sistema de lançamento aéreo que seja competitivo no mercado global”, finalizou o comunicado da companhia aérea sul-coreana.
Fonte: Korean Air