John Hemingway, herói britânico da II Guerra Mundial, morreu aos 105 anos. O herói de guerra britânico, John “Paddy” Hemingway, último piloto sobrevivente que voou durante a Batalha da Grã-Bretanha, morreu ontem (17/03), na sua casa em Dublin, aos 105 anos de idade.
Com apenas 19 anos, Hemingway e seus 2.937 companheiros da Royal Air Force voaram inúmeras missões de combate aéreo para conter as aeronaves nazistas que tentavam subjugar a Grã-Bretanha durante o verão e o outono de 1940.
Durante fortes os combates aéreos no mês de agosto de 1940, em duas missões Paddy teve que abandonar seus caças Hawker Hurricanes. Em uma ele pousou com seus paraquedas no mar, na costa de Essex, e na outra em um pântano. Em ambas ocasiões, poucas horas depois, Paddy estava de volta ao Esquadrão 85 para continuar lutando.
Em 1941, Paddy teve que saltar do seu caça Havoc devido a uma pane sob mau tempo. O paraquedas de Paddy não abriu corretamente, mas uma árvore amorteceu sua queda. O resultado foi uma mão quebrada. Naquele ano, Paddy recebeu a Distinguished Flying Cross por bravura em combate.
Em 1945, enquanto servia nas Forças Aéreas Aliadas do Mediterrâneo com a 324ª Ala, ele foi forçado a saltar pela quarta vez. Enquanto atacava forças inimigas perto de Ravenna, seu Spitfire foi atingido várias vezes por fogo antiaéreo. Ele saltou de paraquedas em território inimigo e conseguiu contatar guerrilheiros italianos, que o ajudaram a retornar ao seu esquadrão.
Em uma entrevista à BBC em 2020, Hemingway descartou sugestões de bravura e heroísmo, dizendo que era um piloto e tinha um trabalho a fazer. “O mundo estava em guerra, e você não podia ir a algum lugar e dizer: ‘Estou em paz e não luto em guerras’”, disse ele.
“A principal habilidade era sorte. Você tinha que ter sorte, não importa o quão bom você fosse. Por exemplo, meu chefe, Dickie Lee, era o melhor piloto que eu já vi, mas ele foi abatido e morto. Então ele não teve sorte. Eu tive muita sorte.”
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