JASDF interceptou 390 aeronaves nos últimos seis meses. O Ministério da Defesa do Japão anunciou no dia 15 de outubro que houve um total de 390 acionamento de aeronaves de alerta (QRA – Quick Reaction Alert) da Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF – Japan Air Self-Defense Force) contra aeronaves se dirigiam ao território do país sem autorização, nos últimos seis meses – entre abril-setembro 2021. Um aumento 19 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior.
Deste montante, 72% eram de aeronaves de origem chinesa, isto é 281 de 390, o que representa um aumento de 47 vezes se comparado ao mesmo período de 2020. Já os aviões russos diminuíram 32 vezes passando para 102 intervenções, o que é cerca de 26% do total. Outros cerca de 2% foram atribuídos a aeronaves de outras nacionalidades.
O Ministro da Defesa, Nobuo Kishi, apontou em uma entrevista coletiva após a reunião do Gabinete no dia 15. que “a gama de atividades se expandiu não apenas para o Mar da China Oriental, mas também para o Oceano Pacífico e o Mar do Japão, e voos de longa duração”.
Segundo dados do JSDF – Japan Self-Defense Force, quase a totalidade das aeronaves interceptadas, monitoradas e escoltada para fora do espaço aéreo japonês eram militares, tanto da Força Aérea Chinesa e Russa (PLAAF e RF VKS) como das marinhas Chinesa e Russa (PLAN e FSNG RF). Os voos normalmente são para checar o tempo de acionamento dos QRA de F-15, F-2 e até de F-35. Mas também tem objetivos diversos, como checar frequências, fazer reconhecimento eletrônico e até mesmo desgastar as defesas, fazendo com as aeronaves decolem e reduzam seus ciclos de manutenção e horas de voo.
Apesar de a maioria ser de aeronaves de patrulha marítima, AEW e de EW, o cardápio inclui também caças Su-24, 27, 30, 34 e MiG-35 russos e J-11, 15, 16 e 20 chineses também.
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