A C-17 Globemaster III takes off during Phase 1 tests at Fort Hunter Liggett, Calif. Tests are being conducted to determine the C-17's ability to bring a large force into a wet or dry dirt airfield without making runway condition corrections. Phase 2 is scheduled to begin Dec. 4 at Edwards Air Force Base, Calif. (U.S. Air Force photo/Bobbi Zapka)
Japão considera adquirir alguns C-17A Globemaster III dos EUA. O Japão tem demonstrado interesse em adquirir uma nova aeronave de transporte militar de grande porte para ampliar a capacidade tática logística das suas Forças de Autodefesa. Segundo as informações não oficiais, o Boeing C-17A Globemaster III estaria na mira das autoridades japonesas.
De acordo com a agência de notícias Kyodo News, o assunto foi uma das pautas da recente reunião entre o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba e o presidente dos EUA Donald Trump, realizada no mês de fevereiro em Washington, D.C. A proposta teria sido bem recebida pelas autoridades dos EUA, afirmou a KN.
Desde quando era ministro da Defesa no Japão, Ishiba vem demonstrando seu interesse em ter os quadrimotores Globemaster III voando para as Forças de Defesa do seu país. O plano seria adquirir alguns C-17A usados da USAF, uma vez que a Boeing encerrou a produção deste modelo em 2015.
Conforme relatado pela Nippon Television Network (NTV), a Força de Autodefesa Marítima do Japão (JMSDF) enfrenta grandes desafios operacionais com seus seis envelhecidos C-130R Hércules. Utilizados principalmente para abastecer bases em ilhas remotas como Iwo Jima e Minamitorishima, esses C-130R sofrem com a baixa disponibilidade operacional devido a problemas de manutenção.
Houve períodos em que todos os seis C-130R da JMSDF estavam fora de serviço por manutenção, relatou a NTV. Para cumprir seus compromissos, a JMSDF precisou contar com o apoio das aeronaves de transporte da Força Aérea de Autodefesa (JASDF).
Os Lockheed Martin C-130R foram adquiridos em 2011 do excedente do Exército dos EUA para substituir a antiga frota de YS-11. Em 2022 a JMSDF firmou um contrato de cinco anos com uma empresa privada para uma revisão estrutural completa dos C-130R, porém problemas de corrosão, rachaduras e degradação do equipamento levantaram preocupações sobre a viabilidade dos reparos.
Os C-17A poderiam substituir os envelhecidos C-130R, porém preocupações têm sido levantadas sobre a necessidade de infraestrutura e pistas longas para as operações desses grandes aviões. Outro potencial desafio seria com a manutenção, algo semelhante ao enfrentado com os Hércules, uma vez que a produção do Globemaster III foi encerrada há quase uma década.
No início deste ano, a USAF e as Forças de Auto Defesa do Japão realizaram um teste de carregamento de militares e carga em um C-17A Globemaster III na Base Aérea Naval de Atsugi, no sul do Japão. O teste também envolveu o carregamento bem sucedido de um helicóptero CH-47 Chinook do JGSDF.
A Boeing construiu um total de 279 C-17A Globemaster III entre 1991 e 2015, sendo a grande maioria destinada para a USAF (222 aeronaves) e 57 exportados para o Reino Unido (08), Austrália (08), Canadá (05), OTAN (03), Índia (11), Catar (08), Emirados Árabes Unidos (08), Kuwait (02) e outros operadores (04). Com enorme capacidade de carga, os C-17 são equipado com com quatro motores turbofan Pratt & Whitney, podem voar em altitude de cruzeiro de 28.000 pés a uma velocidade de 450 nós (833 km/h).
Alguns fatos rápidos sobre o C-17
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