

Israel pede ao Congresso Americano que não venda o F-35 para a Turquia. Um alto funcionário israelense disse ao Breitbart News que reverter o bloqueio e vender F-35A para a Turquia colocaria Israel em perigo e disse que o Congresso dos EUA deve agir para impedir isso.
Uma reportagem do Breitbart News, dos EUA, conhecido por sua postura pró-Israel, revelou os esforços de bastidores de Israel para impedir que a Turkish Air Force (TuAF) adquirisse o F-35A Lightning II.
O Lockheed Martin F-35A já havia sido encomendado pela TuAF. Vale lembrar que a exclusão da Turquia decorreu da preocupação dos EUA de que o S-400 de fabricação russa comprometesse as capacidades furtivas do jato, um risco que levou à remoção de Ancara do programa JSF, apesar de suas significativas contribuições financeiras e industriais como parceiro nível 3 do projeto.
A trajetória da Turquia com o programa F-35 começou em 2002, quando se tornou país parceiro, comprometendo fundos e recursos industriais ao projeto liderado pela Lockheed Martin. Foram encomendadas 100 unidades do F-35A
Empresas turcas, incluindo a Turkish Aerospace Industries (TAI), foram contratadas para produzir componentes essenciais, como seções da fuselagem e peças do trem de pouso. Em 2019, a Turquia havia recebido alguns F-35A em solo americano e treinado pilotos nos EUA. Ao todo, 8 F-35A estavam com as marcas da Turkish Air Force (TuAF).
A parceria se desfez quando a Turquia finalizou a compra do sistema de defesa aérea russo S-400 Triumph em 2019. Os EUA, citando riscos para a tecnologia sensível do F-35, argumentaram que os radares avançados do S-400 poderiam coletar dados sobre o perfil furtivo do jato, compartilhando-os potencialmente com Moscou. Isso levou à suspensão da Turquia do programa, ao cancelamento de suas entregas de F-35 e a sanções sob a Lei de Combate aos Adversários dos Estados Unidos por meio de Sanções (CAATSA).

A autoridade israelense expressou preocupação com as ambições regionais da Turquia, incluindo supostos objetivos de reviver a influência otomana e controlar Jerusalém. Embora Israel prefira evitar um conflito direto, está preparado para agir se as ações da Turquia se intensificarem ainda mais.
Ele solicitou ao Congresso dos EUA que bloqueasse qualquer venda do F-35 para a TuAF, enfatizando que a aeronave poderia alterar o equilíbrio no Mediterrâneo Oriental. Embora ambos os países se opusessem ao regime sírio de Assad, a autoridade afirmou que a presença militar da Turquia na Síria agora representa uma ameaça estratégica para Israel.
Ele acrescentou que, embora Israel valorize seus laços com os EUA, uma possível venda de F-35A para a Turquia arrisca desestabilizar o equilíbrio militar regional. Os laços positivos do presidente Trump com Erdoğan podem complicar os esforços para bloquear a venda, observou a autoridade.
O embaixador dos EUA na Turquia, Tom Barrack, disse recentemente que a questão da exclusão do F-35A da Turquia estava quase resolvida, gerando ainda mais preocupação em Tel Aviv.
O primeiro-ministro israelense Netanyahu teria instado Trump a não vender caças F-35 para a Turquia durante uma visita em março e teria sido reforçada em um nove encontro ocorrido em julho deste ano, logo após os episódios do conflito com o Irã. A decisão da Alemanha de bloquear as vendas do Eurofighter para a Turquia foi vista pela mídia grega como coordenada com Tel Aviv. A resistência da Alemanha à venda do Eurofighter decorreu de tensões políticas com a Turquia, particularmente em relação à compra de sistemas russos S-400 por Ancara em 2017 e às suas operações militares na Síria.
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