Israel elimina a Força Aérea Síria após a queda de Assad. O colapso do regime do ditador sírio Bashar al-Assad no dia 8/12, marca mais uma mudança importante no Oriente Médio. O fim do regime de Assad, permitiu que Israel eliminasse grande parte, se não a totalidade do que restou na Força Aérea Síria.
Sacudida desde a Primavera Árabe, que varreu o Norte da África e o Oriente Médio entre dezembro de 2010 e a metade de 2013, a Síria viu a queda do ditado Assad no final de semana de 7 para 8 de dezembro. A Primavera Árabe foi na prática protestos realizados em países árabes do Norte da África e do Oriente Médio, como Egito, Líbia, Síria, Iêmen, Barein e Marrocos contra regimes autoritários e por melhorias na qualidade de vida da população.
Assad havia reprimido os rebeldes em 2011, se mantendo no poder, mas não evitou uma longa e sangrenta guerra civil contra opositores rebeldes, muitos radicais, que arrastou iranianos, russos, israelenses, americanos e seus aliados para o conflito. A queda de Assad, que se refugiou na Rússia, abriu a oportunidade para israelenses e americanos de eliminar rebeldes terroristas e destruir o que restou das Forças Militares da Síria.
Fontes não confirmadas oficialmente são conta que a aviação de caça da Israeli Air Force (IAF) fez ataques na madrugada do dia 9/12, repetidos no dia 10/10 contra bases sírias. Os ataques, que supostamente resultaram na destruição de toda a força aérea da Síria, acrescentam uma nova dimensão a essas mudanças que o Oriente Médio vive. Se ela de fato foi eletiva, carece de confirmação, de uma Síria, que está hoje em compasso de espera, e varrida por mais de 13 anos de guerra.
Fontes israelenses afirma que os ataques ocorreram. Essa operação reflete o comprometimento de Israel em manter sua segurança e reforçar sua superioridade militar na região. Relatos dã contra que mais de 300 ataques direcionados nas últimas 36 horas por Israel, que teria destruídos todos os helicópteros, sistemas antiaéreos e caças.
Os ataques foram a bases de Aleppo/Intl (OSAP), Um Nasiriya, Damasco/Mezze, Deir Zzor (OSDZ), Hamah, Khalkhalah, Dumayr, Marj Ruhayyil, Shayrat, Tiyas e Saiqal. Teria sido eliminadas aeronaves MiG-21MF Bis, MiG-23/BN/ML, MiG-29/SM/UB/SMT, Su-22M2/UM, Su-24Mk2, LA-39ZA/ZO. Além destes aeronaves de transporte e helicópteros SA-342, Mi-8, Mí-17, Mi-24, Mi-25, SA-365 e Harbin Z-9. Imagens mostram helicópteros SA-342L, MiG-21, MiG-23, L-29 destruídos.
O regime de Assad, fortemente dependente do apoio do Irã, Hezbollah e Rússia, há muito tempo era um ator crítico no eixo regional de resistência contra Israel. Seu colapso representa um golpe significativo para Teerã e o Hezbollah, potencialmente interrompendo seus planos estratégicos e diminuindo sua capacidade de usar a Síria como um centro logístico para transferências de armas e operações militares.
No entanto, o surgimento de Abu Muhammad al-Jolani como o novo mediador do poder da Síria complica a situação, pois seu grupo, Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), tem um histórico de ideologias extremistas que podem representar novos desafios para o vizinho Israel. De uma perspectiva israelense, o fim do governo de Assad apresenta alívio e incerteza.
O suposto desmantelamento da força aérea e dos sistemas defensivos da Síria garante que quaisquer resquícios do aparato militar de Assad sejam incapazes de desafiar a superioridade aérea israelense ou apoiar representantes iranianos. Além disso, a queda de Assad enfraquece a influência iraniana na Síria, forçando Teerã a recalibrar sua estratégia regional. Por outro lado, a ascensão de al-Jolani criam um vácuo de poder que pode levar à instabilidade.
Várias facções, incluindo extremistas, milícias e forças de oposição, podem disputar o controle, com o caos potencialmente se espalhando para as fronteiras de Israel. A liderança de Al-Jolani no HTS, embora pragmática, corre o risco de a Síria se tornar um refúgio para extremistas. Além disso, o Hezbollah e o Irã podem explorar a instabilidade para fortalecer sua presença na Síria, criando novos desafios para a segurança israelense. A prioridade imediata de Israel será proteger sua fronteira norte e monitorar de perto as ações de al-Jolani e os desenvolvimentos mais amplos na Síria.
O potencial para ataques transfronteiriços, contrabando ou o estabelecimento de grupos hostis perto das Colinas de Golã continua sendo uma preocupação. Israel também pode precisar se envolver diplomaticamente com atores internacionais, incluindo a Rússia e os Estados Unidos, para garantir que a transição pós-Assad não leve a ameaças maiores. Ao mesmo tempo, a queda de Assad e a ascensão de al-Jolani podem abrir a porta para novas alianças ou entendimentos. Se al-Jolani se concentrar na governança interna em vez de agressão externa, Israel pode encontrar maneiras indiretas de conter a ameaça.
Grupos de oposição sírios ou atores regionais que visam contrabalançar a influência iraniana e do Hezbollah também podem emergir como parceiros potenciais para estabilizar a região. Além disso, Israel pode trabalhar com aliados regionais como Jordânia e Egito para administrar as consequências e impedir a disseminação de ideologias extremistas.
O colapso do regime de Assad e as ações militares decisivas de Israel têm implicações de longo alcance. Para a Rússia, isso representa um retrocesso significativo, levando a potenciais negociações com outros atores, incluindo Israel, para salvaguardar seus interesses restantes na Síria. Para os Estados Unidos e a Europa, esses desenvolvimentos apresentam uma oportunidade de influenciar o futuro da Síria, embora alcançar estabilidade e democracia permaneça incerto.
@CAS