Israel demite pilotos que assinaram carta que pede publicamente a liberação dos reféns
Israel demite pilotos que assinaram carta que pede publicamente a liberação dos reféns. O comando da Israeli Air Force (IAF) informou que deligou 1000 pilotos no dia 10/04 pilotos da reserva por assinarem uma carta que desafia abertamente a política de Benjamin Netanyahu.
“Comandante da Força Aérea Israelense decidiu que qualquer reservista que assinou a carta não poderá continuar no serviço”, declarou um porta-voz.
A IAF anunciou que os pilotos reservistas que assinaram uma carta na qual pedem publicamente que a libertação dos reféns seja garantida, ainda que ao custo do encerramento da guerra em Gaza, serão dispensados. A medida foi tomada com total apoio do chefe do Estado-Maior e com comum acordo com o comandante da Força Aérea Israelense decidiu que qualquer reservista que assinou a carta não poderá continuar no serviço.
Para o primeiro-ministro israelense, uma pressão militar crescente contra a Faixa de Gaza é a única forma de forçar os grupos militantes palestinos a libertar os reféns capturados no ataque realizado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, que desencadeou a guerra.
“Nós, aviadores na reserva e aposentados, exigimos o retorno imediato dos reféns mesmo ao preço da cessação imediata das hostilidades” em Gaza, diz a carta publicada nesta quinta-feira, 3/04 em um “a pedido” de página inteira em vários jornais israelenses.
“A guerra serve principalmente aos interesses políticos e pessoais, e não aos de segurança”. Somente um acordo pode trazer os reféns de volta com toda segurança, enquanto a pressão militar leva à morte dos reféns e põe em perigo nossos soldados”, afirma a carta.
Uma trégua entre 19 de janeiro e 17 de março permitiu o retorno de 33 reféns israelenses, entre eles oito mortos, em troca da libertação por Israel de cerca de 1.800 prisioneiros palestinos. O Israel Defense Forces (IDF) retomou em 18 de março os bombardeios aéreos e a ofensiva terrestre em Gaza, para obrigar, segundo Israel, o movimento islamista a libertar os demais reféns.
Netanyahu afirmou que apoia a demissão de qualquer piloto ativo signatário da carta. “Nossa política é clara. Declarações que enfraquecem as Forças de Defesa de Israel e fortalecem nossos inimigos em tempo de guerra são imperdoáveis”!
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