Israel declara guerra contra o Hamas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está oficialmente em guerra com o grupo terrorista Hamas, após o ataque surpresa com mais de dois mil foguetes lançados contra o território israelense na manhã deste sábado (07/10). Até agora as ações deixaram cerca de 70 israelenses mortos e aproximadamente mil de feridos.
“Cidadãos de Israel, estamos em guerra, não numa operação ou em missões, mas em guerra. Esta manhã, o Hamas lançou um ataque surpresa assassino contra o Estado de Israel e os seus cidadãos… Convoquei os chefes do sistema de segurança e ordenei – em primeiro lugar – a evacuação das comunidades que foram infiltradas por terroristas… Ao mesmo tempo, ordenei uma ampla mobilização das reservas para responder ao ataque de maneira que o inimigo não conhecia. O inimigo pagará um preço sem precedentes. Enquanto isso, apelo aos cidadãos de Israel para que cumpram estritamente as orientações das Forças de Defesa e do Comando da Frente Interna. Estamos em guerra e vamos vencer”, disse Netanyahu numa mensagem de vídeo.
Milhares de foguetes foram lançados da Faixa de Gaza contra áreas residenciais de Israel logo ao amanhecer do sábado, o final do feriado judaico de Sucot. Além disso, centenas de homens do grupo terrorista se infiltraram no território israelense, em uma ação sem precedentes recentes. O ataque surpresa com tamanha magnitude está sendo considerado uma falha no setor de inteligência israelense.
Imediatamente ao ataque surpresa, as Forças de Defesa de Israel (IDF) foram mobilizadas e lançaram a “Operação Espada de Ferro”. Desde as primeiras horas após o ataque, caças da Força Aérea Israelense (IAF) estão realizando surtidas contra posições inimigas na Faixa de Gaza.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que Israel vencerá esta guerra contra o Hamas. “O Hamas cometeu um grave erro esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel. As tropas das Forças de Defesa de Israel estão lutando contra o inimigo em todos os locais. Apelo a todos os cidadãos de Israel para que sigam as instruções de segurança. O Estado de Israel vencerá esta guerra.”
Tropas terrestres das IDF estão varrendo por terra a área que foi invadida pelos militantes do Hamas, que de acordo com a mídia local, utilizaram veículos, lanchas e até mesmo parapentes para ultrapassar as barreiras e chegar no território israelense. Centenas de membros do grupo terrorista foram mortos e presos pela “Operação Espada de Ferro”.
Por outro lado, o comandante militar do Hamas, Muhammad Al-Deif, disse que o grupo estava lançando uma operação chamada “Tempestade Al-Aqsa” visando posições militares e aeroportos do inimigo. Ele disse que o ataque a Israel foi uma resposta aos ataques às mulheres, ao cerco de Gaza e a profanação da mesquita de al-Aqsa, situada em Jerusalém.
O Hamas afirma ter disparado 5.000 mísseis contra Israel. Muhammad Al-Deif apelou aos povos árabes e islâmicos para que viessem à libertação da Mesquita de al-Aqsa. Imagens postadas nas redes sociais mostram um grupo trajando uniformes pretos, fortemente armado, em uma caminhonete trocando tiros com tropas da IDF na cidade israelense de Sderot, a cerca de 2 km de Gaza. A mídia informa que reféns israelenses foram levados pelos terroristas para cidades na Faixa de Gaza.
A comunidade internacional está repudiando o ataque contra civis em Israel, e líderes do mundo todo expressaram condenação às ações do Hamas. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota no mesmo sentido. “O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”, disse o comunicado do Itamaraty.
@FFO