Israel corta exportações de defesa para Colômbia após declarações do presidente. A intensa atividade do presidente da Colômbia nas suas redes sociais, acabou abalando as relações diplomáticas com Israel. Sabidamente um esquerdista, Gustavo Petro, tem usado sua conta no X (antigo Twitter) para mostrar mensagens e imagens que desconsideram as barbáries realizadas pelos terroristas do Hamas contra a população civil israelense na manhã de sábado (07/10).
A situação chamou a atenção do governo israelense, levando à convocação da embaixadora da Colômbia no país, Margarita Manjarrez, para uma conversa sobre as constantes declarações hostis e antissemitas do presidente Petro, contra o Estado de Israel. Na reunião foi ressaltado que ataque terrorista do Hamas deixou mais de 1.300 civis israelenses mortos, além de mais de 150 levados como reféns.
Como resposta imediata à posição de Gustavo Petro, Israel decidiu interromper as exportações de equipamentos de defesa para a Colômbia. A medida poderá impactar na capacidade de defesa das Forças Armadas Colombianas, uma vez que utilizam uma grande quantidade de equipamentos de origem israelense.
A Força Aérea Colombiana (FAC), por exemplo, utiliza aviões, drones e armamentos produzidos por empresas israelenses. Os caças supersônicos IAI Kfir são armados com mísseis Derby e Python V e bombas guiadas Spice, todas de origem israelense. Além disso, os seus helicópteros AH-60L usam mísseis antitanque Spike e quase todos os sistemas de guerra eletrônica e autoproteção são produzidos pela israelense Elbit. A FAC ainda opera drones Hermes também fabricados pela Elbit.
O Exército Colombiano, por sua vez, também possui uma frota de veículos M462 Abir, fuzis Tavor e Galil, além de 18 canhões autopropelidos Atmos, adquiridos em abril de 2023. A Polícia Colombiana também utiliza armas e equipamentos de origem israelense para comunicações, inteligência e outras funções.
Longe de retratar as suas declarações, o presidente Petro limitou-se a publicar no X: “Se tivermos que suspender as relações externas com Israel, nós as suspendemos. Não apoiamos genocídios. O presidente da Colômbia não se sente insultado.”
A suspensão do apoio de Israel ocorre num momento em que a Colômbia registra aumento na produção de drogas e o fortalecimento de grupos guerrilheiros, com o consequente aumento da violência no país.
@FFO