

Israel ataca Damasco. As Israel Defense Forces (IDF) realizaram um ataque aéreo nesta quarta-feira (16/07) a capital da Síria, Damasco. A ofensiva é uma resposta ao conflito entre soldados sírios e a minoria drusos, que vive em regiões tanto de Israel quanto da Síria.
Nova ofensiva, segundo forças israelenses, visa proteger drusos. Bombardeio nesta terça atingiu entrada do Ministério da Defesa sírio. A nova frente de conflitos no Oriente Médio, cria mais tensão, em um ambiente já conturbado. O ataque a Damasco é o terceiro dia de ofensivas de Israel na Síria. Nesta quarta, o IDF disse ter atingido a entrada do Ministério da Defesa do país. A mídia local informa que foram feitos ataques a residência presidencial.
Fontes de segurança do Ministério da Defesa disseram à agência de notícias Reuters que pelo menos dois ataques de drones atingiram o prédio e que autoridades estavam se protegendo no porão. A TV estatal Elekhbariya informou que o ataque feriu dois civis.

Segundo a mídia estatal síria, os ataques também atingiram Sweida, cidade no oeste da Síria de maioria drusa, onde soldados atacam a população local.
O Ministério da Defesa da Síria solicitou aos moradores da cidade que permanecessem em casa. Alguns moradores que a Reuters conseguiu contatar por telefone disseram estarem escondidos em casa com medo, sem eletricidade.
“Como deixamos claro e alertamos, Israel não abandonará os drusos na Síria e aplicará a política de desmilitarização. As IDF continuarão a atacar as forças do regime até que elas se retirem da área — e também aumentarão em breve o nível de resposta contra o regime se a mensagem não for compreendida”, disse as IDF.
Conflitos eclodiram no fim de semana entre forças drusas e tribos beduínas em Suwayda, deixando dezenas de mortos e feridos. A violência levou à intervenção do governo sírio.
Israel, que prometeu proteger os drusos na Síria, lançou ataques contra as forças do atual governo que avançavam em direção a Suwayda e prometeu continuar os ataques para proteger o grupo.
Horas após a entrada das tropas na cidade na terça-feira (15/07), o ministro da Defesa da Síria, Murhaf Abu Qusra, declarou um “cessar-fogo” após um acordo com líderes comunitários não identificados, e disse que a polícia militar estava sendo mobilizada “para regular a conduta militar e responsabilizar os infratores”.
Mas, na quarta-feira, o Ministério da Defesa afirmou que “grupos fora da lei” retomaram seus ataques contra as forças governamentais, provocando retaliações, segundo a agência de notícias estatal SANA.
As IDF começaram a atacar veículos militares pertencentes às forças do regime sírio na área de As Suwayda, no sul da Síria. Isso ocorreu após a identificação, na noite de 15/07, de comboios do regime sírio, incluindo veículos blindados de transporte de pessoal e tanques, avançando em direção à área de As-Suwayda, no sul da Síria. As IDF atacaram vários veículos blindados de combate, compostos por tanques, APCs e MLRS, bem como estradas de acesso, para atrapalhar a chegada dos comboios à área.
O embaixador Tom Barrak, enviado especial dos EUA para a Síria, disse ao canal X na terça-feira que Washington está “ativamente envolvido com todos os grupos na Síria para navegar em direção a discussões de integração calmas e produtivas”.
“Os recentes conflitos em Suwayda são preocupantes para todos os lados, e estamos tentando chegar a uma solução pacífica e inclusiva para os drusos, as tribos beduínas, o governo sírio e as forças israelenses”, disse ele ao canal X.
Após as ações de hoje, 16/07 o premier israelense Benjamin Netanyahu declarou:
“Meus concidadãos da nação drusa, a situação em Suwayda, a situação no sudoeste da Síria, é muito grave. As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão operando, a força aérea está operando, outras forças estão operando. Estamos operando para salvar nossos irmãos drusos e eliminar as gangues do regime. E agora tenho um pedido a vocês: vocês são cidadãos de Israel. Não cruzem a fronteira. Vocês estão colocando suas vidas em risco; podem ser assassinados, podem ser sequestrados e estão minando os esforços das IDF. Por isso, solicito a vocês: voltem para suas casas, deixem as IDF fazerem o seu trabalho”.
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