Irlanda: sem capacidade de autoproteção aérea o país planeja compra de caças a jato e radares. A Irlanda planeja comprar jatos de combate para realizar a própria defesa do seu espaço aéreo, em um negócio que deverá custar até € 100 milhões por ano.
O Ministro da Defesa, Simon Harris, recentemente disse em um evento militar que estava convencido sobre a necessidade de ampliar as capacidades das Forças de Defesa do País, em especial sobre a proteção aérea com a aquisição de aviões de caça a jato para policiamento e dissuasão de ameaças.
“Estou convencido disso. Estamos vivendo em um ambiente de segurança geopolítica volátil e temos muito o que recuperar”, disse Harris, relatando que solicitou ao Departamento de Defesa aprofundar as análises de estudos de custos e de cronogramas para “triplicar o orçamento de defesa da Irlanda”.
Em 1998 o Corpo Aéreo Irlandês (IAC), braço aéreo das Forças de Defesa da Irlanda, dissolveu o Esquadrão de Ataque Leve equipado com os antigos jatos franceses Fouga CM.170 Magister. Desde então o País depende de um acordo de defesa aérea com o Reino Unido, onde caças da Royal Air Force respondem a quaisquer ameaças no seu espaço aéreo.
O IAC atualmente dispõem apenas de turboélices Pilatus PC-9M como sua principal força de resposta aérea. Introduzidos em 2004, esses monomotores são usados principalmente no treinamento de pilotos, apesar de poderem ser armados com metralhadoras e pods de foguetes. No entanto, sua baixa velocidade (máxima de 320 nós) limita significativamente sua eficácia para missões de interceptação.
De acordo com o jornal The Irish Times, as propostas do Ministério de Defesa para o IAC seria incorporar pelo menos oito novos jatos combate, número considerado mínimo necessário para fornecer policiamento aéreo 24/7. O ideal seria uma quantidade entre 12 e 14 aeronaves.
De acordo com as informações, entre as opções de caças estudadas pelos irlandeses estão o sueco Saab Gripen, o europeu Eurofighter Typhoon, o francês Dassault Rafale, o americano Lockheed Martin F-16 e o sul-coreano FA-50.
Os caças ficarão baseados no Aeroporto Internacional de Shannon, uma vez que a pista da Base Aérea de Baldonnell, sede do Corpo de Defesa Aérea, é muito curta para comportar os jatos de combate. As novas aeronaves de caça serão mantidas por empresas civis especializadas, em vez de técnicos militares e o treinamento dos pilotos irlandeses ocorrerá no exterior.
O Ministro Harris alertou que muita coisa precisa acontecer antes que as aeronaves possam ser compradas. Isso inclui a instalação de sistemas de radar primários para detectar ameaças aéreas, um projeto que está em andamento e deve ser concluído até 2028.
“Esta é uma abordagem em camadas. Primeiro você tem que obter o radar e no estágio final as aeronaves de reação rápida que farão as interceptações. Construiremos nossas capacidades de detecção e dissuasão passo a passo e no momento certo o governo tomará uma decisão com base nisso”, disse Harris.
O planejamento inicial é que os custos anuais variam entre € 60 milhões e € 100 milhões ao longo de até 25 anos, incluindo a compra dos caças. Essas estimativas dependem da quantidade e do modelo do jato escolhido e os custo final total deverá ficar entre € 1,2 bilhão e € 2,5 bilhões ao longo da vida útil das aeronaves.
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