

Irã lança mísseis contra bases americanas no Catar e Iraque. Em retaliação ao ataque americano as plantas nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan (Operação Midnight Hammer), o Irã lançou um ataque com mísseis a bases americanas no Catar e Iraque.
A noite de 23/06 no Oriente Médio presenciou mais capítulo na escala do conflito Irã x Israel, que passa a envolver outros atores. Além dos EUA, que ao bombardear o Irã no sábado 21/06, o Catar e o Iraque também figuram na lista de países atacados.
O governo do Irã lançou 14 mísseis balísticos contra o espaço aéreo do Catar, visando atingir a Base Aérea da Força Aérea do Catar de Al Udaid (OTBH). Esta base — Al-Udeid abriga também a maior guarnição dos EUA no Oriente Médio, além de servir a outros aliados como o Reino Unido.
Explosões foram ouvidas em Doha por volta das 20h local, logo depois que o sistema antimíssil foi acionado para deter os mísseis do Irã. Oficialmente o Governo do Catar afirma ter interceptado todos os 13 mísseis, com apoio dos EUA, usando Baterias Patriot americanas e catari. Um míssil caiu em uma área desabitada. O espaço aéreo do Catar foi fechado para voos comerciais, bem como de outros países da região como o Bahrein e Kuwait, até a situação normalizar. O fechamento interrompeu voos, com muitos desviados ou parados no Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha.
Apesar de ser dito usualmente como uma base americana, na verdade, a base em questão é do Catar. Após a Guerra do Golfo de 1991, o Catar e os Estados Unidos concluíram um Acordo de Cooperação em Defesa que foi posteriormente expandido. Em 1996, o Catar construiu a Base Aérea de Al Udeid ao custo de mais de US$ 1 bilhão. Os EUA usaram esta base pela primeira vez no final de setembro de 2001, quando os EUA iniciou a Operação Enduring Freedom (OEF) contra o Afeganistão, logo após do 11 de setembro.
Al Udaid é a principal base da Qatar Emiri Air Force (QEAF), que hoje abriga boa parte dos principais vetores do Qatar, entre elas unidades de F-15QA, unidades de transporte (C-17, C-130) e de helicópteros AH-64E e AW139. Dos EUA a base tem mais de 10 mil militares e constantemente tem unidades aéreas expedicionárias vindas da Europa e EUA, que compreendem diversos vetores de caça, reconhecimento, transporte e reabastecimento em voo da USAF. Al Udaid também é sede do United States Central Command (USCENTCOM), o Centro de Comando Central dos EUA, responsável pelas ações militares na região.
O Irã afirmou que informou os EUA e o Catar que iria atacar. O Governo do Catar informou que poderá responder com uma ação militar. Apesar do Irã dizer que o ataque foi bem-sucedido, com seis impactos diretos; já os EUA e Catar afirmam que não houve vítimas e danos significativos.
Além do Catar, ao menos um míssil teria sido lançado a uma base americana no Iraque. Não há uma confirmação oficial, mas é provável que o ataque tenha sido feito na Base Aérea de Ain Al Asad, na província de Anbar, no oeste do país, apoiando as forças de segurança iraquianas e contribuindo para a missão da OTAN, segundo a Casa Branca.
O governo americano afirmou que já esperava o ataque e não foi surpresa. A questão agora é se os EUA irá escalar e fazer novos ataques ao Irã. Israel afirmou, em meio aos ataques do Irã hoje a seu território e ao Catar, que não irá interromper a Operação Leão Ascendente.
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