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Irã divulga contestado relatório sobre a queda do Boeing 737 da Ucrânia em 2020

20 de março de 2021
O Boeing 737-800 da Ukraine International, UR-PSR, fabricado em junho de 2016, foi derrubado com 176 pessoas a bordo em janeiro de 2020 (Foto: Bonsai738).

A Agência de Aviação Civil do Irã divulgou o relatório final da queda do Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines (UIA), prefixo UR-PSR, em 08 janeiro de 2020, matando 176 ocupantes. Conforme o documento de 285 páginas, um operador do Sistema de Defesa Aérea foi responsável por derrubar a aeronave civil.

O relatório concluiu que o voo PS752 foi, equivocadamente, identificado como um alvo hostil, devido a um erro de avaliação do operador do sistema, situado nos arredores da capital Teerã. Por conta desse equívoco, o militar disparou dois mísseis contra o Boeing 737-800 que tinha acabado de decolar do Aeroporto Internacional de Teerão com destino a Kiev.

O documento relata que um erro de posicionamento de uma bateria antiaérea autopropulsada do sistema russo Tor-M1, foi posicionada ligeiramente fora do local previsto, e que o seu sistema de navegação e direção não teria sido recalibrado. Desta forma, o sistema teria identificado o Boeing ucraniano como uma aeronave que estaria se aproximando de Teerã, ao invés de estar se afastando, como de fato estava.

O relatório relatou que um erro de posicionamento de um veículo da bateria antiaérea Tor-M1, teria sido o motivo do equívoco (Foto: ADB).

O operador teria observado o “alvo” se aproximando pelo Sudoeste a uma altitude relativamente baixa, enquanto na verdade o jato comercial voava para oeste de Teerã em subida. Em um sistema de comunicação interna, o militar teria solicitado instruções ao Centro de Comando e Controle da Defesa Aérea, que não respondeu aos seus questionamentos. Sem uma autorização formal, o controlador teria “por conta própria”, tomado a decisão de disparar o primeiro de dois mísseis que causaram a queda do Boeing 737-800.

Este incidente originou uma forte controvérsia, após o Irã ter negado durante três dias o disparo do míssil contra o avião, enquanto a Ucrânia manifestava suspeitas sobre o que realmente havia acontecido. Além disso, as autoridades locais iniciaram um rápido processo de limpeza do local do acidente, permitindo o acesso de terceiros que removeram muitas evidências da área.

O Boeing 737 ucraniano foi, equivocadamente, identificado como um alvo hostil e abatido por um míssil do sistema de defesa aérea iraniano (Foto: TNews).

Naquele dia, as Forças Armadas do Irã encontravam-se em alerta máximo, pois algumas horas antes, haviam realizado um ataque contra uma base militar no Iraque, onde estavam estacionadas tropas americanas. Em consequência ao ataque, os militares iranianos esperavam uma ação de resposta dos Estados Unidos. O ataque à base iraquiana, foi uma resposta de Teerã a morte do General iraniano Qasem Soleimani, realizada por um drone dos EUA cinco dias antes.

O Governo iraniano aprovou uma indenização de US $150 mil para cada uma das 176 vítimas do voo da UIA, sendo 82 iranianos, 63 canadenses (muitos com dupla nacionalidade), 11 ucranianos (dois passageiros e nove tripulantes), dez suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos.

O Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, publicou um vídeo nas suas redes sociais criticando o resultado das investigações de Teerã: “Isto não é um relatório, é um conjunto de manipulações com objetivo não mostrar a verdade e encobrir a República Islâmica do Irã”, afirmou Kuleba.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, pediu justiça para as vítimas e seus familiares, assegurando que não é possível que um crime como este fique sem resposta. O mandatário ucraniano disse ser impossível que as autoridades aeronáuticas iranianas não estivesses cientes sobre o Boeing 737 transportando passageiros naquela área.

@FFO

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