Interoperabilidade entre as Forças Armadas Brasileiras marca fim da Operação Viking 22. Após dez dias e com 120 horas de treinamento, chegou ao fim a Operação Viking 22, maior exercício multifuncional do mundo em operações de paz, que envolveu 1.750 pessoas, entre militares, policiais e civis de mais de 40 países. Desenvolvido, simultaneamente, em cinco países: Brasil, Suécia, Bulgária, Finlândia e Catar, o Viking 22 foi marcado pela capacitação, cooperação, integração e interoperabilidade entre as Forças Armadas Brasileiras.
Esta edição teve a participação de 31 militares da Força Aérea Brasileira (FAB) que trabalharam na área de Avaliação, cuja função é verificar se as atividades estão de acordo com os objetivos propostos pela FAB; na área de Coordenação que tem como atribuição inserir as atividades que devem ser respondidas pelos militares nas Unidades Aéreas e na área de Audiência de Treinamento que atuaram nos três modelos de aeronaves disponibilizadas: dois H-60, um C-105 e três A-29.
Air Force Coordinator (Coordenador da Força Aérea)
Dentre as funções que foram desempenhadas, está a de Air Force Coordinator (AFC), que juntamente com os OTM’s (Observers, Trainers, & Mentors, em português Observadores, Treinadores e Mentores), está no nível de coordenação do Exercício, sendo composta por militares e civis.
O Coronel de Infantaria José Paulino Sobrinho Júnior (AFC), participou do treinamento. “O Exercício, ao mesmo tempo em que simulou as situações de emprego de meios aéreos utilizados na FAB, tais como as aeronaves A-29, C-105 e H-60, em um cenário de Operação de Paz, também apresentou a oportunidade de nossas equipagens atuarem no planejamento e tomadas de decisões em relação ao emprego da plataforma aérea, em um contexto multidimensional”, explicou.
O Tenente-Coronel Aviador Nicolas Silva Mendes, que compôs a equipe de OTM, participou do treinamento na supervisão das atividades realizadas entre o setor de operações aéreas do Estado-Maior e as Unidades Aéreas. Neste sentido, o militar evidencia que além da atuação da FAB nas missões da ONU, existe também o Exercício da Força Aérea voltado para missões de paz, que é o Exercício Conjunto (EXCON) Tápio. “A nossa intenção com a Viking 22 foi observar como foi criado o cenário simulado para esse exercício, com a finalidade de atualização para a Tápio, assim, conseguir treinar nossos militares da melhor forma possível”, acrescenta.
Force Commander na Suécia
O Exercício Viking 22 contou ainda com um sítio remoto na Suécia, do qual militares da FAB participaram das ações ministradas, auxiliando o planejamento das operações militares em apoio ao Componente Civil da Missão das Nações Unidas em Midland (país fictício onde estava ocorrendo a operação). Além disso, também desenvolveram a função de Air Operations (Operações Aéreas) do FHQ que foi supervisionar as operações aéreas das unidades desdobradas com os demais atores envolvidos (Representante Humanitário, Diretor de Suporte Logístico da Missão e Centro de Operações).
Entre os militares que estiveram na Operação, na Suécia, está o Coronel Aviador Luís Eduardo Pombo Celles Cordeiro que participou como assistente do Chefe da Seção de Operações Correntes (U3) do quartel general (FHQ) do Componente militar. De acordo com o Coronel Celles, a integração em exercícios dessa natureza é importante para que perceba-se as diferenças culturais e operacionais quando inseridos em um ambiente ONU. “Atualmente, temos unidades em condições de serem ofertadas pelo Brasil para missões de paz, portanto é de vital importância que tenhamos oportunidades como essa da Viking 22 para treinar nosso pessoal para esse tipo de atividade”, relata.
Fonte: FAB
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