Inteligência ucraniana divulga comunicado sobre Tu-134 incendiado no interior da Rússia. Um jato de transporte Tupolev Tu-134 (código OTAN “Crusty”) pertencente ao 117º Regimento de Aviação de Transporte Militar das Forças Armadas Russas, foi completamente destruído em um incêndio na madrugada de sábado (12), na Base Aérea Orenburg 2. A causa não foi oficialmente informada pelo Ministério da Defesa russo.
Em uma declaração enigmática divulgada ontem (13), o Comando do Setor de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucraniano (HUR) disse: “A HUR lembra que todo crime contra o povo ucraniano será devidamente retribuído” . Sem assumir diretamente a ação, o HUR também compartilhou imagens do Tu-134 incendiando no pátio da Base Aérea de Orenburg 2, localizada a cerca de 1.300 km da linha de frente na Ucrânia.
O Ministério da Defesa russo utiliza Orenburg 2 como base de diversas unidades de transporte de altas autoridades e equipamentos, subordinadas ao Comando de Aviação de Transporte Militar da Força Aeroespacial Russa (RF VKS). Entre essas unidades está o 117º Regimento de Aviação de Transporte Militar, que opera uma frota de IL-76MD, IL-22P, An-12PP e o antigo Tu-134.
Na semana passada, a Ucrânia confirmou uma missão que tinha como objetivo a Base Aérea de Khanskaya, no sudoeste da Rússia, no lado oposto ao Mar de Azov. Neste local as Forças Armadas da Rússia mantem baseadas inúmeras aeronaves e helicópteros militares. Em julho, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em discurso que “cada base aérea russa destruída, cada aeronave militar russa destruída — seja em terra ou no ar — salva vidas ucranianas”.
Tupolev Tu-134
Desenvolvido na década de 1960, durante a era soviética, o Tupolev 134 foi projetado para rotas de curta e média distância, com capacidade para operar em pistas não pavimentadas, muito comuns nas regiões remotas da então União Soviética. Pode transportar entre 70 (Tu-134A) e 95 passageiros (Tu-134B). Equipado com dois motores na parte traseira da fuselagem, o Tu-134 foi apreciado pelos usuários devido o baixo nível de ruído interno na cabine de passageiros. Nada menos que 854 unidades do “Crusty” foram construídas entre 1966 e 1989. Seu último voo comercial ocorreu em 2019 e atualmente apenas as Forças Armadas russas e algumas empresas cargueiras operam o Tu-134.
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