Instalado motor no supersônico X-59 QueSST da NASA. A NASA anunciou a instalação do motor no seu novo supersônico experimental X-59 QueSST (Quiet Supersonic Technology). De acordo com o comunicado, a integração do motor F414-GE-100 ocorreu nas instalações da Lockheed Martin Skunk Works, em Palmdale, na Califórnia, no início deste mês.
Com quase quatro metros de comprimento e uma potência disponível de 22.000 libras, o motor da General Electric Aviation deverá proporcionar ao X-59 velocidades de até Mach 1.4 em altitudes em torno de 55.000 pés. A Agência Espacial norte-americana saudou a etapa alcançada enquanto o programa do QueSST se aproxima da fase final de montagem.
“A instalação do motor é o culminar de anos de projeto e planejamento pelas equipes da NASA, Lockheed Martin e General Electric Aviation”, disse Ray Castner, Chefe do Setor de Propulsão e Desempenho para o X-59 da NASA. “Estou orgulhoso dessa equipe que passou os últimos meses desenvolvendo os principais procedimentos que permitiram que chegássemos nesta etapa de instalação.”
O X-59 da NASA é a peça central da missão Quest da NASA. Ele está sendo desenvolvido para voar em velocidades supersônicas, mas sem produzir os típicos “estrondos sônicos” (sonic boom), típicos para voos acima da velocidade do som. As avançadas características de designe do X-59, permitirão que esse estrondo seja reduzido a tal ponto que dificilmente poderá ser ouvida em solo.
Agora o programa QueSST entra na fase final de montagem da aeronave antes de iniciar os testes em solo visando o voo inaugural previsto para 2023. Os testes em voo serão iniciados na área restrita de testes do Armstrong Flight Research Center, na Califórnia, onde a NASA instalará uma série de sensores de captação acústica no solo, para as medições do boom sônico d X-59.
De acordo com a evolução dos testes, o cronograma prevê que a partir de 2024 o supersônico realize voos sobre algumas áreas habitadas, previamente selecionadas, para estudos e coletas de dados de como a população reage.
Os dados coletados serão fornecidos à Administração Federal de Aviação e à Organização de Aviação Civil Internacional para consideração na alteração das proibições existentes para voos supersônicos sobre áreas habitadas.
Desde 1973 a legislação proíbe voo supersônicos sobre áreas urbanas, o que restringe viagens comerciais com este tipo de aeronave. As acelerações para velocidades acima de MAch 1 são autorizada apenas sobre o oceano, exatamente como procediam a British Airways e a Air France com seus Concordes entre 1976 e 2003.
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