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Insegurança com greve geral de controladores de voo africanos

24 de setembro de 2022
Insegurança com greve geral de controladores de voo africanos.

Insegurança com greve geral de controladores de voo africanos. Uma greve de controladores de tráfego aéreo de vários países da África Ocidental e Central, iniciada na sexta-feira (23), está afetando diversos voos com origem ou destino ao continente africano. Em comunicado, o sindicato dos controladores de tráfego aéreo africano exige melhores condições de trabalho.

Voos cancelados em diversos aeroportos.

Os controladores são de nações filiadas à Agência para a Segurança da Navegação Aérea em África e Madagáscar (ASECNA), órgão multinacional que gerencia e regula o controle de tráfego aéreo em 18 países africanos. Foram afetados principalmente os voos para Costa do Marfim, Burkina Faso, Mali, Senegal e Camarões, entre outros países.

Diversas companhias aéreas, entre elas a Air France e a Turkish Airlines, cancelaram seus voos com destinos aos países africanos. O sindicato dos controladores informou que durante a greve, todos seus serviços seriam paralisados, exceto as “operações sensíveis”, como voos militares e humanitários, mas não é o que está acontecendo.

Áreas de Informação de voo sem serviço de controle de tráfego aéreo garantido.

Informações divulgadas por órgãos de segurança de voo afirmaram que o espaço aéreo dos países grevistas deve ser evitado. Em um comunicado divulgado via redes sociais no dia 23/09, há um alerta para pilotos e operadores: “uma situação muito perigosa está se desenvolvendo no Controle de Tráfego Aéreo (ATC) Africano. Pilotos e os operadores devem estar cientes de que em vários órgãos ATC como Centros de Controle de Área (ACC), Torres de Controle (TWR), entre outros, os controladores de voo foram substituído por pessoas não qualificadas e sem formação. Essa situação pode ser observada em um simples contato via rádio, onde claramente o operador NÃO é um controlador de tráfego aéreo.”

Um exemplo aconteceu ontem (23), com o Boeing 787-8 da empresa privada Royal Jet, matrícula 2-DEER, transportando o presidente de Angola, João Lourenço, entre Málaga (Espanha) e Luanda (Angola). Soubemos que em parte da rota, especialmente quando cruzou o espaço aéreo da República do Congo (ou Congo-Brazaville), o voo presidencial “ANGOLA1” não obteve nenhum contato rádio com o órgão ATC da FIR Brazzaville, nem mesmo serviços de dados (CPDLC) ou vigilância radar.

Voo presidencial angolano foi afetado pela greve no Congo-Brazzaville (Fonte: ADSB Exchange)

Para tentar minimizar a situação e evitar áreas inseguras, a ASECNA publicou rotas alternativas para que os voos evitem cruzar as Áreas de Informação de Voo (FIR) que não tenham serviço ATC assegurado. As companhias aéreas também estão evitando sobrevoar esses países.

NOTAMs publicados pela ASECNA alertando sobre a greve (Fonte: ASECNA).
NOTAMs publicados pela ASECNA alertando sobre a greve (Fonte: ASECNA).

Esperava-se que decisões judiciais e proibições governamentais nos países afetados impedissem a greve. De acordo com um líder de controladores de tráfego aéreo senegaleses em greve, as autoridades prenderam alguns sindicalistas nos Camarões, Congo e Comores.

Vários voos efetuando desvios para evitar as zonas sem controle de tráfego aéreo na África (Fonte: FR24).
Vários voos efetuando desvios para evitar as zonas sem controle de tráfego aéreo na África (Fonte: FR24).

A ASCENA chamou a ação como uma “greve selvagem”, que ocorreu apesar da proibição anunciada pela justiça de vários países. “Já esgotamos os recursos administrativos e institucionais na gestão desta crise, mas temos à nossa frente sindicalistas teimosos em fazer o que quiserem”, disse a chefe de recursos humanos da ASECNA, Ceubah Guelpina, em entrevista coletiva.

@FFO

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