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Índia x Paquistão – segue a guerra de versões

18 de agosto de 2025
Índia x Paquistão - segue a guerra de versões. Arte Flags.
Índia x Paquistão – segue a guerra de versões. Arte Flags.

Índia x Paquistão — segue a guerra de versões. O Comandante da Força Aérea da Índia (IAF) afirmou no início de agosto, que o sistema de defesa antiaéreo russo S-400 foi “um divisor de águas” ao abater seis aeronaves paquistanesas durante o conflito de maio. Naturalmente, algo negado pelos paquistaneses.

O Exército e a Força Aérea Indiana conduziram a Operação Sindoor na noite de 7/05, que atingiu 11 alvos situados no Paquistão e na Caxemira administrada pelo Paquistão. As autoridades indianas declararam que a operação foi lançada em resposta a um ataque ocorrido em Pahalgam, na Caxemira, administrada pela Índia em 22 de abril, que resultou na morte de 26 turistas indianos. O que se viu foi um conflito rápido e de baixa intensidade, com ações no ar e ataques com mísseis. O revide do paquistanês veio com a Operação Bunyanun Marsoos, uma palavra árabe tirada de um versículo do Alcorão que significa Pilar Forte.

Após quatro dias, a Índia e o Paquistão concordaram com um cessar-fogo imediato, após negociações que se estenderam por toda madrugada deste sábado, 10/05. O conflito já deixou mais de 60 mortos.

Operação Sindoor da Índia contra o Paquistão. MoD Índia.
Operação Sindoor da Índia contra o Paquistão. MoD Índia.

Em um tempo de guerra de narrativas, muitas delas travadas em redes sociais, hoje extremamente usadas pelos governos e forças armadas, cria muitas vezes um mundo a parte da verdade. A tecnologia, que deveria trazer clareza à guerra aérea, é vítima de uma névoa digital, que sempre cria afirmações hiper-realizastes, mas sem provas.

Três meses após o confronto fatídico no início de maio, quando caças indianos e paquistaneses travaram embates aéreos sobre a fronteira dos dois países, na região da Caxemira, os detalhes dos embates aéreos daquele quatro dias se tornaram ainda mais obscuros.

Destroços do Rafale EH da IAF, supostamente abatido por um J-10CE da PAF. Foto: via X.
Destroços do Rafale EH da IAF, supostamente abatido por um J-10CE da PAF. Foto: via X.

Segundo a maioria dos relatos, a Indian Air Force (IAF) passou por momentos difíceis, com várias fontes afirmando que até cinco aeronaves foram perdidas — incluindo três Dassault Aviation Rafale EH. Um Rafale EH ao menos foi perdido (BS 001), com destroços sendo divulgados em redes sociais. Ele teria sido derrubado por caças Chengdu J-10CE da Pakistan Air Force (PAF) com uso de mísseis ar-ar de longo alcance PL-15E, ambos chineses. Talvez uma das poucas dúvidas seja que o J-10CE + PL15E foram um dos grandes vendedores do conflito. Há várias especulações, mas a PAF alega que foram três Dassault Rafale EH, um Su-30MKI, um MiG-29, um Mirage 2000-5 Mk2 e um Drone IAI Heron I, todos da IAF.

J-10CE + PL15E foram um dos grandes vendedores do conflito. Foto: PAK.
J-10CE + PL15E foram um dos grandes vendedores do conflito. Foto: PAK.

A Índia reagiu posteriormente, atingindo bases paquistanesas com munições de longo alcance. Os mísseis de cruzeiro supersônicos Brahmos, lançados por Sukhoi Su-30MKI, aparentemente foram muito bem-sucedidos. Dizemos aparentemente, pois não se pode mensurar os danos de forma independente.

Passados mais de três meses de guerra de narrativas, posts e até memes, surge mais um ato obscuro, aparentemente sem provas, desta vez do lado indiano. O chefe do Estado-Maior da Força Aérea da Índia, Marechal do Ar AP Singh, afirmando que a Índia abateu seis aeronaves paquistanesas, aparentemente com mísseis terra-ar (SAMs), do caso o sistema russo S-400.

Ele afirma que cinco caças foram confirmados como “abatidos”, bem como uma única “aeronave de grande porte”, possivelmente uma plataforma de alerta e controle aéreo antecipado Saab 2000 Erieye ou um ZDK-03 Karakoram Eagle, uma aeronave baseada no Shaanxi Y-8 chinês. Ele não dá detalhes que “caças” (JF-17? J-10CE? F-16C/D?) e nem como e onde teriam acontecido.

Saab 2000 da Pakistan Air Force. Foto: PAK.
Saab 2000 da Pakistan Air Force. Foto: PAK.

A aeronave de grande porte foi aparentemente atingida a uma distância de 162 nm (300 km) pelo sistema S-400 da Índia, fornecido pela Rússia.

Ele acrescenta que o sistema de defesa aérea foi particularmente eficaz em atingir caças paquistaneses antes que eles pudessem lançar bombas planadoras, observando: “O sistema S-400, que compramos recentemente, mudou o jogo”. Singh baseou sua avaliação no rastreamento eletrônico durante o conflito, porém não apresentou provas, fotos dos destroços ou mesmo qualquer outra fonte que corrobore o que ele disse.

Sistema russo S-400 Triunf. Foto: IAC.
Sistema russo S-400 Triunf. Foto: IAC.

O Paquistão, como era de se esperar, negou veementemente as declarações de Singh, afirmando que nenhuma de suas aeronaves foi atingida, muito menos abatida. O único relato de perda de um Saab 2000, teria sido em solo, provavelmente em um ataque de um míssil de cruzeiro Brahmos.

Para observadores externos, é quase impossível obter uma imagem clara e precisa do que aconteceu nos céus do subcontinente durante aqueles dias e noites fatídicos. Os combates parecem ter sido conduzidos a distâncias extremas (BVR), com apoio de guerra eletrônica (GE) desempenhando um papel importante. Também é provável que ambos os países tenham usado iscas e guerra cibernética. Tudo isso se resume a um quadro bastante confuso.

De fato, é improvável que agentes de inteligência de ambos os lados consigam afirmar com precisão como as coisas se desenrolaram no ar. A verdade sobre o que aconteceu no início de maio provavelmente só será revelada nos próximos anos, se os relatórios de missão de ambos os lados forem desclassificados. Mesmo assim, os analistas se depararão com relatórios — alguns dos quais certamente conflitantes.

Infelizmente, isso não deve acontecer tão cedo, dada a tensa situação de segurança entre Islamabad e Nova Déli. Forças aéreas do mundo todo estão tentando extrair lições do conflito, mas a falta de clareza dificultará a obtenção de lições concretas.

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