Índia quer ter um papel no caça GCAP
Índia quer ter um papel no caça GCAP. A Índia pretende se juntar ao programa de caças de sexta geração do GCAP, liderado pelo Reino Unido, Japão e Itália, para modernizar seu poder aéreo, aumentar a autossuficiência e mudar as parcerias de defesa.
A Índia demonstrou interesse em participar do Global Combat Air Programme (GCAP), que é desenvolvido pelo Reino Unido, Japão e Itália. Visando fornecer uma aeronave de combate avançada até 2035, o plano combina propulsão de última geração, capacidade stealth e inteligência artificial, entre outras tecnologias. A possível participação da Índia neste projeto internacional evidencia um desejo maior de renovar sua força aérea e ter uma participação mais ativa na inovação militar mundial.
A inclusão da Índia não é isenta de complicações. Um dos membros fundadores do GCAP, o Japão, teria expressado preocupações sobre a proteção da propriedade intelectual devido aos laços de defesa de longa data da Índia com a Rússia. Além disso, integrar a Índia ao programa exigiria ajustes complexos em gerenciamento de projetos, planejamento de contribuição industrial e protocolos de segurança.
Se a Índia for admitida no GCAP, isso representaria uma grande mudança em suas alianças de defesa — longe de fornecedores convencionais como a Rússia e em direção a um alinhamento mais próximo com os complexos militares-industriais ocidentais. Tal envolvimento pode abrir acesso à cooperação em tempo real com as principais empresas militares, métodos de fabricação superiores e tecnologia sensível. Também pode melhorar a compatibilidade com importantes aliados da área Indo-Pacífico, apoiando, portanto, o contrapeso geopolítico à China.
O esforço da Índia para se juntar ao GCAP é parte de seu plano de longo prazo para construir capacidades indígenas sob o esforço “Atmanirbhar Bharat” (Índia autossuficiente) e diminuir a dependência de fornecedores estrangeiros. Também se encaixa no foco crescente de Déli em inovação militar de alta tecnologia e cooperação de defesa mundial.
O Japão recusou a exigência saudita de aderir ao GCAP. A Arábia Saudita também demonstrou grande desejo de se juntar ao GCAP. Embora o Reino Unido e a Itália tenham indicado disposição para incluir a Arábia Saudita, o Japão tem sido mais relutante. As preocupações japonesas se concentram principalmente em possíveis problemas resultantes da ampliação da cooperação, particularmente aqueles conectados à transferência de tecnologia, prazos de projetos e proteção de dados sensíveis. A Arábia Saudita também é bem conhecida por seus laços com a China.
As negociações sobre a participação da Arábia Saudita continuam em andamento. A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni disse em janeiro de 2025 que a Arábia Saudita deveria ser incluída, pois a introdução de um novo membro exigiria discussões aprofundadas entre os atuais aliados. Mais tarde, em fevereiro de 2025, notícias disseram que o Japão e a Itália haviam recusado o pedido de adesão da Arábia Saudita ao GCAP, expressando preocupações sobre a atual capacidade industrial saudita.
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