Índia perdeu pelo menos um caça Rafale no ataque ao Paquistão. O ataque de ontem (06), feito pela Índia ao Paquistão, deixou uma grande dúvida — caças Dassault Rafale EH da Indian Air Force (IAF) foram abatidos?
O Exército e a Força Aérea Indiana conduziram a Operação Sindoor, que atingiu 11 alvos situados no Paquistão e na Caxemira administrada pelo Paquistão, nas cidades de Bahawalpur, Kotli, Bagh, Shakargarh, Muridke e Muzaffarabad, usando mísseis terra-terra e ar-terra. Carecem de indícios concretos que a IAF teria perdido várias aeronaves na Operação iniciada entre a noite de 6 e 7 de maio, com os ataques ocorrendo em 1h05 e 1h30 (horário local).
As autoridades indianas declararam que a operação foi lançada em resposta a um ataque ocorrido em Pahalgam, na Caxemira, administrada pela Índia no mês passado, que resultou na morte de 26 turistas indianos. Conforme o Secretário de Relações Exteriores da Índia, Vikram Misri, os responsáveis pelo ataque teriam sido treinados e baseados no Paquistão, além de serem filiados à Frente de Resistência (TRF), um grupo que as autoridades indianas associam ao Lashkar-e-Taiba, sediado no Paquistão.
O porta-voz da Força Aérea do Paquistão (PAF) disse que rapidamente a PAF respondeu ao ataque de mísseis, ativando seus sistemas de defesa aérea, impedindo que qualquer aeronave indiana penetrasse no espaço aéreo paquistanês. Que toda a PAF estava em alerta e teria abatido cinco caças e um drone. O Paquistão informou que 26 civis foram mortos e 46 feridos em consequência dos ataques com mísseis indianos.
Há várias especulações, mas a PAF alega que foram três Dassault Rafale EH, um Su-30MKI, um MiG-29, um Mirage 2000-5 Mk2 e um Drone IAI Heron I, todos da IAF. Essas alegações foram feitas publicamente pelo porta-voz das Forças Armadas do Paquistão, Tenente-General Ahmed Sharif Chaudhry. Nas redes sociais, há relatos alguns relatos também de um Sepecat Jaguar abatido, muitos sob o manto da frase “uma fonte ou uma autoridade confirmou”.
Verdade? Meia verdade? Mentira? Parece estar no meio-termo!
Embora as autoridades indianas não tenham confirmado a perda de todas essas plataformas, vários incidentes foram reconhecidos em território indiano. Pelo menos três aeronaves caíram em seu território, onde três pilotos ficaram feridos. Não foram confirmados os tipos específicos de aeronaves perdidas. Também não foi confirmada a queda de um drone Heron.
Vários locais são especulados nas redes sociais, incluindo Akhnoor, Jammu e Caxemira, e perto de Akalia Kalan, em Punjab. Em Pampore, no distrito de Pulwama, na Caxemira administrada pela Índia, o jornalista da BBC Urdu, Riaz Masroor, relatou que os destroços foram coletados sob supervisão militar e removidos da área usando tratores.
Incidentes adicionais foram relatados em Akhnoor, onde a IAF confirmou a perda de um Su-30MKI, e na vila de Akalia Kalan, em Punjab, onde uma aeronave não identificada caiu por volta das 2h, resultando na morte de um trabalhador e ferimentos em outros. Este teria sido um Mirage 2000. Outro teria sido em Bathinda, Índia, onde teria sido perdido um Rafale.
As perdas aparentemente confirmadas
A imagem mais importante e impressionante, se for verdadeira, é a cauda do Dassault Rafale EH IAF BS001, o primeiro monoplace recebido pela IAF. Ele teria sido encontrado em Bathinda, confirmando assim a alegação paquistanesa. Outros destroços de um Rafale vistos nas redes seria de um lauchrail com restos de um míssil MBDA MICA, que aparentemente seria do BS001. Fontes francesas de inteligência e a rede americana CNN confirmam a perda de pelo menos um Rafale EH — o BS001.
Ele teria sido abatido por caças J-10CE da PAF com mísseis PL-15E (BVR), o mesmo que derrubou o Su-30MKI e o Mirage 2000-5 Mk2, que também possuem destroços fotografados que circulam nas redes sociais.
A versão paquistanesa
Segundo o Paquistão, as aeronaves foram abatidos pela defesa antiaérea e em combates BVR por caças J-10CE e JF-17, usando mísseis PL-15E chineses, sem apresentar provas ou detalhes. Entre os relatos não confirmados, está o de um Rafale abatido na área de Pampore, usando um sistema de mísseis terra-ar HQ-9B de fabricação chinesa. Diversas imagens e vídeos circularam nas mídias sociais que supostamente mostravam destroços consistentes com essas perdas. Além disso, destroços de um míssil ar-ar MICA de fabricação francesa, ainda preso ao seu lançador, foram encontrados a 20 quilômetros da Estação Aérea de Bathinda.
Seis, oito abates?!
Seis ou oito perdas em combate é muito? Sim, ainda mais em uma ação pontual. Por isto é preciso cautela, pois atualmente há várias informações contraditórias, imagens que não confirmam os relatos duvidosos, que podem ter sido de outros episódios e, até mesmo, manipuladas.
O New York Times informou que uma autoridade indiana confirmou a queda de três aeronaves, mas alertou que as razões não estavam claras ou ligadas ao ataque — o que parece ser desinformação. Duas outras autoridades de segurança indianas confirmaram relatos de que algumas aeronaves indianas haviam caído, mas não deram mais detalhes. Todas falaram sob condição de anonimato.
EUA se posiciona
Na Casa Branca, o presidente Trump chamou a escalada entre a Índia e o Paquistão de “uma vergonha. Acabamos de saber. Eles estão lutando há muito tempo. Só espero que acabem logo”. Após os ataques, o conselheiro de segurança nacional indiano, Ajit Doval, informou o Secretário de Estado Marco Rubio sobre as ações militares, segundo autoridades indianas.
Um porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu moderação mútuo, acrescentando: “O mundo não pode permitir um confronto militar entre a Índia e o Paquistão”.
Conclusão
Existem poucas provas de que a PAF teria abatido seis aeronaves ou mais. Hoje as únicas comprovações são o Rafale, que teria sido abatido em Bathinda, Índia, além de um Mirage 2000 perdido em Punjab e o Su-30MKI em Akhnoor, ambos em território indiano. Os demais carecem de comprovação. A PAF teria perdido dois JF-17, abatidos pela sua própria defesa aérea, por erros de identificação.
@CAS