Índia expande o alcance do míssil BrahMos ALCM para 450 km. A DRDO ou Defense Research and Development Organization, órgão de pesquisa e desenvolvimento do Governo da Índia, informou que conseguiu elevar o alcance do míssil BrahMos ALCM para 450 km de alcance. A versão anterior pode atingir alvos a até 290 km. O BrahMos é o principal míssil ar-superfície de longo alcance dos caças Sukhoi Su-30 MKI da IAF.
A espinha dorsal da Força Aérea Indiana, o Su-30MKI será o primeiro vetor a operar a versão do BrahMos com alcance estendido. A DRDO conduziu testes em 30 de dezembro que, confirmaram o aumento do alcance. Os testes foram realizados na Baía de Bengala por um Su-30MKI da IAF, que disparou um míssil BrahMos, atingindo um navio-alvo a uma distância de 450 km. Em 2020 a IAF criou uma unidade específica para operar o BrahMos, o Esquadrão 222, sediado em Thanjavur. Cerca de 40 Su-30MKI recebera a integração para emprego com o BrahMos, que na prática é um ALCM — Air Launched Cruise Missile.
Em um comunicado a imprensa emitido pelo Comando da IAF, informou que a nova versão do BrahMos“dará a Índia uma vantagem de combate em operações futuras. O maior alcance do míssil, combinado com o desempenho superior do Su-30MKI, dá à Força Aérea uma vantagem estratégica”, disse o comunicado.
Um míssil BrahMos pesa 2.500 kg. Ele consegue transportar tanto uma ogiva convencional quanto nuclear. A ogiva do míssil pesa entre 200 kg e 300 kg. Além de ser lançado de uma aeronave, o míssil BrahMos foi desenvolvido em versões lançadas por navios e sistemas postados em terra. O alcance difere dependendo da plataforma de onde o míssil é lançado. Do mar e da terra, o BrahMos atinge alvos de até 500 km.
BrahMos tem dois estágios durante seu voo. No momento do lançamento é o estágio 1, no qual o foguete é movido por um propulsor de combustível sólido. A segunda etapa envolve a ativação do sistema ramjet, que consome combustível líquido.
O BrahMos não é um míssil inteiramente indiano. É um desenvolvimento conjunto entre a Rússia e a Índia. Os participantes da produção conjunta são a DRDO e a NPO Mashinostroyeniya da Federação Russa. O primeiro voo do míssil foi em 2001. Desde então até hoje, a Índia introduziu o BrahMos em suas três forças principais — Exército, Marinha e Força Aérea.
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