IMAGENS: Força Aérea Finlandesa treina pousos e decolagens em rodovia. Entre os dias 25 e 30 de setembro, a Força Aérea Finlandesa, ou Ilmavoimat (FAF), realizou o treinamento anual BAANA, onde seus pilotos realizam pousos e decolagens em rodovias pelo país. Neste ano o BAANA 22 ocorreu em um trecho de 2.500 metros da importante Rodovia E75, na cidade de Joutsa, no sul do país.
O principal objetivo do BAANA é manter os Esquadrões capacitados para operar suas aeronaves fora das bases, aeroportos e estruturas convencionais. Além do treinamento dos pilotos, as equipes de solo também realizam suas funções de apoio, como por exemplo o “reabastecimento a quente” quando os aviões recebem combustível sem desligar os motores. Essas operações rodoviárias fazem parte do currículo de treinamento regular dos pilotos da Ilmavoimat.
A responsabilidade pela organização do Exercício é rotativa entre as Unidades da FAF, sendo que neste ano foi a vez da Academia da Força Aérea. O BAANA 22 envolveu cerca de 200 militares da ativa e da reserva, e unidades aéreas de caças F/A-18C/D Hornet, jatos de treinamento Hawk Mk51/51A/66, aeronaves de ligação Pilatus PC-12, entre outras.
O país tem mais de uma dezena de trechos rodoviários que podem ser utilizados como pistas de pouso auxiliares em tempo de guerra. Particularmente o segmento da rodovia E75 em Joutsa não era usada há muito tempo, por se tratar de uma das principais rodovias que liga a capital Helsinque ao norte do país.
Autoridades policiais e de trânsito organizaram e divulgaram amplamente os planos de contingência e desvios para os horários em que a E75 seria fechada para os pousos e decolagens dos aviões. Como esperado, o movimento atraiu a atenção de centenas de moradores, populares e entusiastas que se reuniram na beira da estrada para acompanhar os aviões pousando e decolando.
Recentemente a Finlândia iniciou o processo de entrada na OTAN, depois que a Rússia invadiu o território ucraniano em fevereiro deste ano. O Coronel Vesa Mantyla, Comandante da FAF, salientou a importância do Exercício, especialmente após a ação militar da Rússia na Europa. “A ameaça da Rússia e suas ações com mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos na Ucrânia comprovam importância do conceito de operações dispersas.”
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