
Houthis atacam o principal aeroporto de Israel. Os voos foram interrompidos no Aeroporto Ben-Gurion, perto de Tel Aviv, por cerca de 30 minutos na manhã de domingo (4/05), após um míssil ter caído nas proximidades do aeroporto, disparado pelos rebeldes Houthis.
Uma interceptação fracassada de um míssil disparado do Iêmen forçou Israel a fechar brevemente seu principal aeroporto internacional no dia 4 de maio. As Israel Defense Forces (IDF) classificou a situação como uma “várias tentativas” de interceptação de mísseis vindos do Iêmen naquele dia. A imprensa local diz que o incidente expõe as vulnerabilidades do país e a capacidade contínua dos rebeldes Houthi de atingir alvos distantes, apesar da campanha militar sustentada dos EUA.
Trens de e para o aeroporto também foram interrompidos e a polícia pediu ao público que evitasse chegar à área. Lufthansa, Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines e Eurowings suspendem voos de e para Tel Aviv até após terça-feira, 6 de maio.
Os IDF disse que dispararam seu sistema de defesa Arrow de longo alcance contra os mísseis, porém um deles “escapou”. Os EUA também possuem um avançado sistema antimísseis THAAD implantado em Israel.
O grupo rebelde Houthi, apoiado pelo Irã no Iêmen, assumiu a responsabilidade pelo ataque, dizendo que ele foi realizado “em rejeição ao crime de genocídio de Israel contra o povo de da Faixa de Gaza”.
Posteriormente, o grupo alertou que poderia atacar novamente e que “imporia um bloqueio aéreo abrangente” a Israel, “atingindo repetidamente aeroportos”, especialmente o Ben-Gurion e saturando as defesas do IDF. Os Houthis apelaram às companhias aéreas internacionais para que se planejassem adequadamente e cancelassem todos os voos programados para aeroportos israelenses.

O ataque marcou a primeira vez que o aeroporto internacional de Israel foi alvo do grupo. “Os sistemas de defesa americano e israelense falharam em interceptar o míssil apontado para o Aeroporto Ben Gurion”, disse Yahya Saree, porta-voz do grupo rebelde, em um comunicado, acrescentando que o aeroporto foi alvo de um “míssil balístico hipersônico”.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu mais ataques contra os Houthis. “Agimos antes, agiremos no futuro também. Não posso detalhar tudo isso. Os EUA, em coordenação conosco, também estão operando contra eles. Não é uma coisa única, mas haverá ataques”, disse ele em um vídeo publicado nas redes sociais. Em uma postagem posterior para X, ele também prometeu uma resposta ao Irã: “Israel responderá ao ataque Houthi contra nosso principal aeroporto E, no momento e local de nossa escolha, aos seus mestres terroristas iranianos”.
O incidente marca uma grande violação de segurança em um dos locais mais fortemente protegidos do país e provavelmente levantará questões sobre a capacidade de Israel de interceptar tais ataques, apesar de seu alardeado sistema de defesa antimísseis.
Uma investigação inicial da IDF não encontrou nenhum mau funcionamento em nenhum sistema ou procedimento, mas um “problema técnico” com o próprio interceptador, lançado em direção ao míssil Houthi, disseram os militares.
Imagens do local mostraram destroços do impacto do míssil no terreno do aeroporto, espalhando-se pela estrada em direção ao terminal principal. Um vídeo compartilhado nas redes sociais pareceu mostrar o impacto do míssil no aeroporto e uma nuvem de fumaça preta subindo do impacto.
Empresas que cancelaram voos para Israel.
5 de maio — Aegean Airlines, Ryanair, Delta, United Airlines, Azerbaijan Airlines, Air France e Transavia.
7 de maio — Lot, Air France, Iberia, Air India e Wizzair.
8 de maio — ITA e British Airways.
11 de maio — Lufthansa.
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