Após fechar um acordo de operação conjunta com Departamento da Polícia Federal (DPF) em janeiro de 2019, a Força Aérea Brasileira (FAB) está prestes a iniciar a operações com a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) IAI Heron I.
A FAB havia criado um grupo de trabalho para a implantação do novo Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) em Santa Cruz no final de 2019. No final do semestre passado, teve início o processo de implantação de uma unidade equipada com ARP na BASC e o primeiro Heron, que foi visto na Base Aérea de Santa Cruz no início de agosto de 2020, após passar por uma revisão do fabricante. Os Heron passam a ser designados na FAB como RQ-1150 e serão operados pelo 1º/7º GAV – Esquadrão Orungan, ao lado das aeronaves P-3AM Orion. A unidade de patrulha passa a ser a segunda a empregar ARPs na FAB, sendo a primeira o 1º/12º GAV – Esquadrão Hórus, da Ala 4 em Santa Maria/RS, que voa com os Elbit RQ-450 e RQ-900. Ainda não foi divulgado pela FAB qual será a missão principal do ARP em uma unidade de patrulha, mas talvez, possa envolver missões de patrulha da costa, além das missões típicas deste tipo de vetor.
Adquiridas em 2009, ao custo de R$ 27,9 milhões, as duas aeronaves (PP-XXL c/n 272 e PP-XXM c/n 273, ambos fabricados em 2011) operaram no projeto SISVANT (Sistema de Veículos Aéreos) do DPF até 2016, quando foram estocadas em sua base em São Miguel do Iguaçu/PR, após um investimento total no projeto de R$ 150 milhões. No dia 8 de janeiro de 2019, o Diário Oficial da União (DOU) publicou o ato de transferência dos ARP do Ministério da Justiça e Segurança Pública/Polícia Federal para a FAB. Segundo o DOU a operação conjunta do Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) Heron I, vale a partir de 31 de dezembro de 2019, e poderá ser prorrogada sucessivamente.
A Israel Aerospace Industries (IAI) assinou em junho de 2019 um acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB) para reativar o sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) IAI Heron I, empregados pelo Departamento da Polícia Federal (DPF). O acordo incluiu a restauração, treinamento, apoio e manutenção por três anos, o que permitirá o uso operacional do sistema Heron I, beneficiando não só as missões da Força Aérea, mas as ações policiais da DPF.