Os esquadrões de helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB), estão participando ativamente do Exercício Operacional Tápio 2020 (ExOp Tápio 2020), que acontece na ALA 5 – Base Aérea de Campo Grande/MS. As aeronaves AH-2 Sabre, H-60L Black Hawk e H-36 Caracal, estão realizando cerca de dez missões conjuntas por dia, que incluem desde operações de Busca e Resgate em Combate (C-SAR), até Infiltrações e Exfiltrações.
O ExOp Tápio 2020 é um dos principais exercícios conjuntos realizados pelo Comando de Preparo (COMPREP), e todos os esquadrões operacionais da FAB, treinam em cenários similares aos encontrados nas Missões de Paz da ONU. Nestes ambientes, onde os inimigos são países insurgentes, guerrilheiros ou paramilitares, os helicópteros são peças importantes, atuando de forma furtiva, em conjunto com militares de Operações Especiais.
“As aeronaves de asas rotativas possuem a característica de poder voar o mais próximo do solo, utilizando a técnica de navegação entre obstáculos. Nesse caso, o terreno e os obstáculos são utilizados literalmente para se esconder do inimigo”, explica o Comandante do 7º/8º GAV – Esquadrão Harpia, Tenente-Coronel Aviador Leonardo Ell Pereira.
Durante a ExOp Tápio 2020, esquadrilhas mistas compostas por H-60L e H-36 decolam para realizar as missões de resgate C-SAR, escoltados por dois AH-2, os quais possuem alta capacidade bélica. A esquadrilha atua de modo que as quatro aeronaves se complementam para realizar a missão com sucesso.
O helicóptero de ataque AH-2 Sabre, possui características essencialmente ofensivas, com elevado poder de fogo e blindagem. De acordo com o Oficial de Operações do Esquadrão Poti (2°/8° GAV), Major Aviador Carlos Vítor Palhão Machado, quando a aeronave atua em conjunto com outras que possuem características mais relacionadas ao resgate em combate, a importância reside em alinhar procedimentos doutrinários e buscar a sinergia das equipagens no cumprimento da missão.
“No caso do AH-2 Sabre, as tripulações treinam a proteção das aeronaves do pacote CSAR durante toda a rota e aplicam as TTP (Táticas, Técnicas e Procedimentos) treinadas em sede, consolidando a doutrina ou registrando os fatos observados para propor estudos e mudanças se necessário”, ressaltou o Major Vítor.
O H-60L Black Hawk e o H-36 Caracal são aeronaves com a concepção voltada para realizar CSAR, infiltração e exfiltração.
“O H-60 possui características de voo e robustez bastante alinhadas com o tipo de missão encontrado na Tápio, o que dá uma segurança operacional bastante elevada para as tripulações”, explica o Comandante do Esquadrão Harpia, Tenente-Coronel Aviador Leonardo Ell Pereira.
“O treinamento conjunto é importante para que os elementos possam operar de forma coordenada e eficiente, aproveitando as vantagens e cobrindo as desvantagens que cada um possa ter”, enfatiza o piloto de H-36 e Comandante do 1º/8º GAV – Esquadrão Falcão, Tenente-Coronel Aviador Délcio Claudio Santarém Junior.
“Os treinamentos fazem parte de uma das etapas da progressão operacional dos pilotos. Os pilotos adquirem habilidades como saber operar coordenadamente com os diversos elementos que podem cumprir uma missão de CSAR, como identificar, autenticar, prover suporte e resgatar os evasores em meio a possíveis ameaças”, complementa o Tenente-Coronel Santarém.
Guerra Assimétrica é aquele conflito em que há grandes diferenças táticas e operacionais entre os oponentes, tais como a organização e hierarquia interna, os objetivos, recursos financeiros, equipamentos e armamentos, além do cumprimento de regras e códigos de ética existente em todos conflitos. Em geral as guerras irregulares são guerrilhas, conflitos civis, grupos terroristas, conflitos urbanos, entre outros.